A Education New Zealand, Agência de Educação do Governo da Nova Zelândia, esteve nesta terça-feira (29) com uma comitiva com representantes de seis das oito universidades públicas do país. O encontro, promovido pela Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) da Unicamp, reuniu professores e pesquisadores dos dois países, a fim de iniciar conversas para projetos de pesquisa conjuntos. “A intenção é justamente propiciar essas parcerias iniciais, para que eventualmente se tornem projetos mais robustos”, afirmou o assessor da Deri, Rafael Dias.
Entre os planos, está o Programa SPRINT, São Paulo Researchers in International Collaboration, da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que nesta edição terá a agência neozelandesa com uma das parceiras.
Conforme explicou Ana Azevedo, agente da Education New Zealand no Brasil, o programa será co-subsidiado pelas duas agências e tem como objetivo possibilitar cooperações entre as universidades estaduais paulistas e as agência neozelandesas. “Acreditamos que será possível subsidiar oito projetos, com duração de até 2 anos. A bolsa possibilitará a visita de um pesquisador paulista à Nova Zelândia e de um pesquisador neozelandês a São Paulo”, afirmou.
O programa exige que os projetos sejam elaborados em conjunto por pesquisadores dos dois países. “É um chamada de baixo para cima, bottom up”, colocou o pró-reitor de pesquisa da Unicamp, Munir Skaf. “Não é uma política institucional que administradores das universidades propõe. É o contrário disso. A ideia é colocar pesquisador em contato com outro pesquisador para identificar semelhanças e complementaridades e daí sim fazer projetos de pesquisa conjuntos”, ressaltou.
De acordo com Ana Azevedo, a chamada será lançada no dia 1º de novembro, simultaneamente no Brasil pela Fapesp, e, na Nova Zelândia, pela Education New Zealand. As propostas deverão ser entregues até 28 de janeiro e os resultados devem ser publicadas a partir de meados de abril.
A chamada é aberta aos pesquisadores paulistas e não se restringe à Unicamp ou aos participantes da reunião, conforme destacou Mariana Castrillon M. Pereira, assessora da Deri. “Não significa que as propostas de pesquisa conjuntas que vão apresentar para receber o Sprint precisam ser dessas pessoas, mas é uma tentativa de colocar os pesquisadores de cada uma das universidades para conversar com seus pares na Un
icamp”, esclareceu.
Para o reitor, Marcelo Knobel a visita pode abrir possibilidades de intercâmbio entre Unicamp e Nova Zelândia “Trouxemos aqui vários professores interessados e estamos trabalhando no sentido de aprimorar essa parceria”, pontuou.
A diretora regional da Education New Zealand para Americas e Europa, Amy Rutherford, ressaltou a relevância de parcerias com a Unicamp para as universidades neozelandesas. “Nós esperamos que esse encontro entre os pesquisadores da Nova Zelândia e Unicamp possibilite desenvolvimento de projetos de pesquisa forte juntos e leve ao intercâmbio de pesquisadores entre Nova Zelândia e Brasil, além de aumentar o fluxo de estudantes”, afirmou.