Crianças de diversas idades, adolescentes e adultos estiveram na Unicamp no sábado (26) para a primeira edição do Museus da Unicamp de Portas Abertas (MUPA). Ao contrário de uma cena comum aos finais de semana, quando a maioria dos prédios da Universidade fica fechado, o evento acabou dando outro tom ao campus, ao possibilitar a vinda da comunidade externa para exposições, visitas guiadas e oficinas.
No Museu Exploratório de Ciências, uma das oficinas realizadas foi sobre montagem de herbários e jardins verticais. “Poucas pessoas sabem que um herbário é um museu de plantas, uma coleção”, disse Lívia Cordi, curadora do herbário do Instituto de Biologia (IB). Ela explicou que a ideia da atividade foi mostrar técnicas simples e de observação da natureza para a construção do herbário, estimulando a criatividade dos participantes, que também foram convidados a realizar artes com os diversos tipos de folhas secas. Com materiais reutilizados, como garrafas pet, foram montados os vasinhos próprios para os jardins verticais.
Para Larissa Zucatti, de dez anos, que veio de Itu para participar da oficina, o mais interessante foi aprender sobre os tipos de folhas. A mãe de Larissa, Glaucia Zucatti, contou que foi a primeira vez que a filha veio à Unicamp. A vinda, segundo Glaucia, já possibilitou que ela tivesse uma ideia de como é uma universidade. “Foi muito bom também para que ela possa futuramente escolher uma profissão. Agora já sabe como os biólogos podem trabalhar, como funciona um herbário”, disse.
O MUPA também oportunizou que a própria comunidade acadêmica experienciasse a Universidade de uma forma diferente, como no caso do funcionário da Diretoria Geral de Administração (DGA) da Unicamp, Denis Alberto Scaqueti, que aproveitou a oportunidade do evento para vir à Unicamp fora do expediente. Ele e a esposa, Cristiane, inscreveram os filhos Lucas e João Paulo, de seis anos, em três atividades. Enquanto observavam os dois envolvidos nas atividades, eles comentavam que a experiência era muito rica. “Eles interagem bastante, descobrem coisas novas e conversam com os amiguinhos. O trabalho em equipe é muito bom também”, afirmou André.
Integração para fora e para dentro da Universidade
Visitas ao Museu de Zoologia e aos laboratórios do Instituto de Física também compuseram a programação do MUPA. Percorrendo as diversas atividades, o estudante Vitor Amancio foi um dos mediadores do evento, que auxiliaram para que tudo corresse bem. Segundo avaliou, o I MUPA foi melhor que o esperado, e cumpriu a expectativa de atrair a comunidade externa. “Trouxe integração, que é o papel da universidade: não só realizar a pesquisa dentro dela, mas mostrar isso para a comunidade”.
A integração entre as comunidades externa e interna da Unicamp também foi destacada pela coordenadora adjunta do Museu Exploratório de Ciências, Paula Dornhofer Costa. Para ela, nesta primeira edição, o MUPA pôde dar vazão a uma vontade latente dos diversos laboratórios e museus da Unicamp em se unir e abrir suas portas num dia diferenciado. “É um resultado extraordinário, com adesão do público bem grande. A partir da MUPA a gente conseguiu descobrir possibilidades. O primeiro ganho é para a população e o segundo é para nós mesmos, ao conseguirmos nos articular melhor”.
Confira abaixo a galeria de imagens do I MUPA.