Como, de fato, os alimentos podem interferir na saúde das pessoas? Na 13ª edição do Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos (Slaca), esta é uma das principais discussões. O evento reuniu mais de mil pesquisadores, estudantes e representantes da indústria de alimentos e de órgãos regulatórios. Os debates em torno do tema “O Futuro do Alimento” terminam nesta terça-feira, 12, na Expo Dom Pedro, em Campinas.
“O propósito do evento é discutir para onde vamos na área de alimentos, o que está acontecendo hoje e quais as oportunidades do país”, destaca a professora Glaucia Maria Pastore, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), presidente do Slaca. Segundo ela, é grande no Brasil o número de escolas de engenharia de alimentos, nutrição e farmácia, além da pós-graduação em áreas correlatas. “O país é muito forte nessa área. Precisamos apenas resolver sobre um espaço que ainda existe entre a indústria e as instituições que trabalham com pesquisa”.
A indústria de alimentos demanda cada vez mais inovações e tecnologias que as universidades podem desenvolver, de acordo com a professora. “A população mundial anseia por novos alimentos que proporcionem saúde. Todos querem saber como retardar ou prevenir o envelhecimento, a obesidade, o diabetes; doenças que assolam a população com o passar dos anos. Como os alimentos podem tornar indivíduos mais saudáveis, apesar da idade, além prevenir doenças, é uma das nossas preocupações”.
Nesta edição do Slaca são mil inscritos e cerca de dois mil trabalhos inéditos sendo expostos. Foram convidados palestrantes de vários países. O evento homenageia o professor Yong Kun Park, falecido em 2018, e a professora Silvia Brandalise, criadora do Hospital Boldrini.