A Pró-Reitoria de Graduação (PRG) divulgou os projetos vencedores do edital de incentivo ao ensino híbrido nos cursos de graduação. Serão distribuídos sessenta mil reais para 11 projetos contemplados nas áreas de exatas, humanas, biológicas e tecnológicas. Os responsáveis pelos projetos poderão investir na contratação de pessoal, compra de insumos ou equipamentos ou o que for necessário para desenvolver ou incrementar o uso de novas tecnologias.
Segundo o professor Marco Antonio Garcia de Carvalho, coordenador do Gurpo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE), a legislação atual permite que uma porcentagem das disciplinas, ou parte da carga horária das matérias, seja ministrada ou complementada com recursos de educação digital. As possibilidades são muitas: videoaulas, podcasts, ambientes virtuais de aprendizagem, cursos massivos à distância ou até mesmo games. Os projetos aprovados terão disponível a infraestrutura do Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE).
A Unicamp discute uma política de educação digital por meio de um grupo de trabalho. Marco Antonio explica que há uma série de iniciativas isoladas de produção desse tipo de conteúdo na Unicamp e que o ideal seria reunir e apoiar esses professores. O edital é uma primeira ação institucional da universidade de incentivo à inovação em sala de aula e integra as ações previstas pelo RenovaGRAD - Programa de Apoio às Coordenações de Ensino de Graduação.
Dentre os contemplados, há projetos de docentes que já tem canais de divulgação disponíveis em plataformas como o youtube e outros que começam a se aventurar no campo digital de ensino. É o caso dos professores Rodrigo Lanna da Silveira e Marcelo Pereira da Cunha, ambos do Instituto de Economia, responsáveis pela elaboração de vídeoaulas que serão parte de duas disciplinas de contabilidade. No projeto aprovado, os autores destacam que são disciplinas com alta demanda de estudantes e que terão uma parte teórica disponibilizada de modo virtual.
O projeto aprovado para a Faculdade de Engenharia Química envolve a gravação de experimentos, além das aulas teóricas e entrevistas com profissionais da indústria química sobre temas variados. “A FEQ viu no Edital uma oportunidade de diversificar e ampliar suas ferramentas de ensino. Cremos que o desenvolvimento deste projeto, aliado a outros que estão em andamento, poderá contribuir sobremaneira para a consolidação de uma nova proposta educacional, centrada no aluno como protagonista da aprendizagem, e transpondo o espaço de sala de aula, levando o conhecimento ao aluno onde quer que esteja”, afirma o professor Raphael Soeiro Suppino, coordenador de Graduação e proponente de projeto.
Ele destaca que a FEQ já está se preparando para atender as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Engenharia, aprovadas em 2019 e que contemplam o ensino multi/interdisciplinar e multiplataforma. O projeto prevê o oferecimento de conteúdos que os alunos precisariam assistir antes de uma determinada aula, e aqueles que eles poderiam assistir a qualquer tempo, como forma de complementar seus estudos sobre a disciplina.
Leia também:
Pró-Reitoria de Graduação lança edital para incentivar atividades didáticas em vídeo