"Ciência e Arte nas Férias" promove vivência na Unicamp para 160 estudantes de nível médio 

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Audiodescrição: Fotografia colorida. Plano médio, mostrando parte de uma sala de aula. Em primeiro plano está uma mesa com três estudantes adolescentes que riem. São duas meninas e um menino, que usam a mesma camiseta branca com dizeres azuis escrito CAF, em referência ao programa ciência e arte nas férias.  Do lado esquerdo da mesa, há um balcão branco e atrás dele uma mulher de jaleco branco, que gesticula para os estudantes. Ao fundo, há mais uma mesa com duas de estudantes. Atrás dessa mesa, um senhor está sentado e, ao lado, uma mulher de jaleco branco observa as atividades que estão sendo desenvolvidas pelos estudantes.
Estudantes selecionados participam de atividades na Unicamp até o dia 31 de janeiro

Uma vivência intensa na Unicamp, com oficinas e estágios de iniciação científica, faz parte do cotidiano de 160 estudantes de nível médio, oriundos de 41 escolas da rede pública de ensino da região de Campinas, Limeira e Piracicaba, desde a segunda-feira (6). As atividades compõem o 18º Programa Ciência e Arte nas Férias (CAF), que segue até o dia 31 de janeiro e possibilita uma aproximação dos jovens com o ambiente universitário.

A programação do CAF, que é organizado pela pró-reitoria de Pesquisa da Unicamp, envolve todas as áreas do conhecimento. São 11 oficinas, abertas ao grupo inteiro de estudantes, e 38 atividades de estágio de pesquisa. Destas, participam quatro alunos em cada laboratório. 

Para a estudante Júlia Paixão, que realizou a oficina Eletricidade e Eletroquímica na quarta-feira (8), o CAF é um programa que está propiciando uma experiência intensa. “O Ciência e Arte nas Férias é incrível. Ele dá oportunidade da gente pensar além e também de solucionar alguns problemas sozinhos”, afirma.

audiodescrição: Fotografia colorida. Estudante adolescente está sentada em volta de uma mesa com camiseta alusiva ao programa ciência e arte nas férias da unicamp, de branca com azul. Na mesa está o material do kit da oficina de eletroquímica e eletricidade, como bateria, materiais condutores e isolantes. Ela sorri. Ao fundo há mais uma mesa com três estudantes, que observam o mesmo kit na mesa.
Júlia termina o ensino médio em 2020 e já está decidida a prestar vestibular na Unicamp

A estudante, que já decidiu prestar o vestibular 2021 visando uma vaga no curso de Ciências Farmacêuticas na Unicamp, também elogia os professores e monitores pelo trabalho didático, o que, para ela, torna o ensino mais leve. “Ao mesmo tempo em que você vê a teoria, já tem o laboratório para se fazer prática. E gosto muito de fazer a parte teórica porque eles falam de uma forma mais clara e simples, para entendimento de todos que estão assistindo”. 

Segundo o professor responsável pela oficina da qual participava Júlia, Fernando Galembeck, o formato da atividade propicia um aprendizado prático, fundamental no ensino de ciências. “O ensino de ciências tem que ser experimental, ninguém aprende ciências na lousa e no livro, tem que colocar a mão na massa”, afirma. Outra contribuição é o exercício do que chama de “mão inteligente”. “Isso quer dizer que a mão faz a coisa, mas faz sempre informada pela observação do estudante”, explica. Ele também evidencia o fato do Programa oferecer um aprendizado também aos estudantes da Unicamp que trabalham como monitores. Os graduandos acabam aperfeiçoando as práticas pedagógicas conforme auxiliam nas atividades das oficinas e nos laboratórios.

Universidade para todos

audiodescrição: Fotografia colorida em plano médio. Homem de meia idade, com óculos, expressão séria e vestindo terno cinza escuro, está segurando microfone e olhando para a frente. Ele está sentado diante de uma mesa e gesticula com a mão esquerda para a frente.
Pró-reitor de Pesquisa, Munir Salomão Skaf, observa que o Programa desmistifica a visão de que a Universidade é inacessível

Durante a abertura do CAF, realizada no Centro de Eventos na segunda-feira (6), o pró-reitor de Pesquisa e anfitrião do evento, professor Munir Salomão Skaf, salientou que um dos pontos fundamentais do Programa é desmistificar a visão de que a Universidade é inacessível aos estudantes de escola pública. Além disso, explica, o CAF possibilita firmar a importância das ciências e das artes na sociedade. “Há um efeito multiplicador da disseminação da importância do conhecimento científico”, disse.

O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, também assinalou a importância dos estudantes conhecerem melhor uma universidade pública, principalmente em um contexto de ataque a estas instituições de ensino. “Vocês irão encontrar aqui pessoas dedicadas à uma educação e a um futuro melhor para o país, à melhoria das condições de vida para a população e para a situação do planeta, com uma preocupação muito grande com o futuro”, afirmou, dirigindo-se aos estudantes.

Audiodescrição: Fotografia colorida. Estão sentados atrás de uma mesa em um palco, cinco pessoas. No meio, encontra-se Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, que segura microfone e fala com o olhar voltado para a frente, vestindo de terno cinza. Ao seu lado esquerdo, está o pró-reitor de pesquisa da Unicamp, que veste terno cinza escuro e está olhando em direção da mesa, para baixo. Ao lado direito do reitor, está a assessora da pró-reitoria de graduação, Mara Mikahil. Ela usa óculos, está sorrindo e veste blusa branca e com flores coloridas cavada em tom claro. Na ponta direita da mesa, está a representante da secretaria de educação do município de campinas, Flávia Guimarães, que está vestindo blusa manga longa verde escuro, usa óculos e está com o olhar baixo, olhando para mesa. Na ponta esquerda está o professor João Meyer, que veste camisa azul claro, está com as mãos sobre a mesa, olhar para baixo, e usa óculos.
Abertura do Programa Ciência e Arte nas Férias aconteceu na segunda-feira, dia 6 de janeiro

No evento de abertura, também compuseram a mesa a assessora da pró-reitoria de Graduação (PRG), Mara Mikahil, representando a pró-reitora, Eliana Amaral; a representante a Secretaria de Educação de Campinas, Flávia Guimarães, e o professor João Frederico Meyer, que foi responsável pela palestra de abertura do CAF, intitulada “O que vale é o brilho nos olhos”.

Imagem de capa
Áudiodescrição: Fotografia colorida, em plano aberto, mostra cerca de 10 fileiras de uma plateia cheia de adolescentes. Eles batem palmas e há mais meninas que meninos. Quase todos vestem a mesma camiseta, branca com mangas azuis, com os dizeres do programa ciência e arte nas férias 2020. Clique enter para ler.

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004