Unicamp protesta contra redução de bolsas imposta pela Capes

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A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unicamp divulgou nesta quarta-feira (25) comunicado protestando contra a implementação do novo modelo de concessão de bolsas para os programas de pós-graduação stricto sensu da Capes. Segundo o texto, houve uma expressiva redução dos números de bolsas DS de doutorado, além de uma perda expressiva de bolsas de doutorado e um ganho menor de bolsas de mestrado.

Com a implementação do novo modelo, informado pela Capes por meio de ofício no dia 18 de março, a Unicamp perdeu 72 bolsas de doutorado. “É inadmissível que universidades nas primeiras classificações dos rankings mundiais, como a Unicamp, possam perder essa quantidade expressiva de bolsas”, pontuou a pró-reitora. Apesar da redução, o site da Capes divulgou, no dia 24 de março, que houve aumento no número de bolsas para diversas universidades, entre elas a Unicamp, o que efetivamente não aconteceu. 

 “É evidente que essa redução impacta negativamente o planejamento estratégico dos programas”, diz a pró-reitora de Pós-Graduação, Nancy Lopes Garcia, que assina o comunicado. Segundo ela, a medida fere não apenas a autonomia intrínseca de planejamento a médio e longo prazos dos programas, mas vai em direção oposta às diretrizes da própria Capes, que ao longo dos anos escolheram privilegiar o doutorado. “Mais ainda, programas de excelência foram substancialmente afetados com cortes, alguns de forma gritante”.

De acordo com a pró-reitora, os programas de pós-graduação realizaram em 2019 o planejamento de suas atividades para o ano de 2020 e os processos seletivos foram feitos com base nas cotas de bolsas então vigentes. “Permitir que haja diminuição de bolsas após o encerramento dos processos seletivos e o início das aulas é uma afronta à gestão e planejamento de tais programas”, afirma. 

Segundo ela, os alunos, apesar da situação excepcional decorrente da pandemia de coronavírus, já deram início a seus cursos de pós-graduação, já se encontram matriculados e já se dirigiram às cidades onde realizarão sua formação de pós-graduação. “A nova distribuição não apenas frustrará centenas de estudantes, somente na Unicamp, como trará efeito muito negativo ao sistema de pós-graduação do país, com imenso prejuízo a todos os programas, especialmente aos que perderam bolsas, mas também àqueles que tiveram saldo positivo de bolsas, pois não há tempo hábil para chamar novos alunos”.

No comunicado, a pró-reitora informa que a Unicamp solicitou à Capes a revogação da medida, que o sistema SCBA seja aberto por um período mais longo e que as cotas disponíveis anteriormente possam ser utilizadas retroativamente, a fim de que os programas cumprir os compromissos assumidos, em conformidade com seus planejamentos. 

A Unicamp também enviou um ofício, assinado pelo reitor Marcelo Knobel e pela pró-reitora de Pós-Graduação, à CAPES e ao MEC, detalhando as consequências negativas do novo modelo  e  colocando-se à disposição para auxiliar o órgão federal em um estudo mais profundo, capaz de delinear um modelo de distribuição de bolsas que leve em consideração as especificidades, necessidades e adequação do fomento ao Sistema Nacional de Pós-graduação. 

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004