Vídeo tem roteiro e edição de Kléber Casabllanca
Produção e entrevista: Patricia Lauretti
Na terça-feira, 10 de março, Beatriz comentava com os amigos como era estranho a Itália estar numa situação tão difícil por causa da pandemia enquanto na Espanha, ainda estava “tudo normal”. Dois dias depois, a Universidade de Jaén, onde ela estuda, fechava as portas. “Foi tudo muito rápido. Na quinta começaram a explodir várias notícias e a faculdade avisou que não teríamos mais aulas”. A Espanha decretou estado de emergência no dia 14 de março.
A intercambista Beatriz Moysés é aluna do curso de Farmácia da Unicamp e está na cidade de Jaén, sul do país, desde janeiro. O relato dela é parte de uma série de três episódios, produzida pela TV Unicamp, mostrando como a pandemia provocada pelo novo coronavírus atravessou a vida dos estudantes brasileiros que estão fora. Neste primeiro episódio Beatriz conta como está a vida dela em isolamento e fala sobre expectativas, cuidados e sentimentos em relação à pandemia.
A série vai continuar com mais três entrevistas realizadas com estudantes em intercâmbio na França e na China. São alunos que passaram em editais de internacionalização, realizados pela Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI). 27 alunos de graduação continuam em países da Europa, principalmente em Portugal, e América do Sul.
O diretor-executivo de Relações Internacionais da Unicamp, Mariano Laplane, destaca que a primeira ação institucional foi entrar em contato com os intercambistas que estavam na China. "A gente rapidamente tentou se adaptar às novas circunstancias. Procuramos nos informar sobre as possibilidades de retorno, saber das diretrizes das instituições parceiras e também solicitamos que todos contatassem o Consulado do Brasil mais próximo e nos mantivessem informados. Deixamos que cada um tomasse a decisão de retornar ou não".
Laplane disse que a partir daí foram planejadas ações também em outros países. Os alunos receberam comunicados para que seguissem as orientações das autoridades sanitárias mantendo contato com a Unicamp. "Além dessa situação tivemos que manter o atendimento aos alunos intercambistas internacionais em Campinas. Todo esse mapeamento nos permitiu pensar em alternativas para minimizar o prejuízo daqueles que tiveram que interromper suas atividades de intercâmbio. Planejamos alternativas de retomada posterior, no segundo semestre", afirmou.
Ainda segundo ele, os alunos que manifestaram interesse voltaram, exceto aqueles que tiveram vôos cancelados, mas todos têm previsão de volta. "Aqueles que decidiram ficar avaliaram que as condições de segurança sanitária e de estudos permitiam que eles continuassem no exterior".