Professor Fernando Galembeck recebe prêmio CBMM na área de tecnologia

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O professor aposentado do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, Fernando Galembeck, recebeu o Prêmio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) 2020 na área de tecnologia. O prêmio é concedido a profissionais que tenham gerado impactos relevantes ao país no desenvolvimento de aplicações práticas. A CBMM reconhece anualmente pesquisadores com contribuições expressivas para o desenvolvimento do Brasil. São duas as premiações principais: na área de tecnologia, concedida a Galembeck, e na área de ciência, concedida neste ano ao epidemiologista Cesar Victora (UFPel).

“É o maior prêmio que existe no Brasil para ciência e tecnologia, então é muito importante”, avalia Galembeck. Ele conta que foi inscrito pela Academia Brasileira de Ciências, da qual é membro titular, e que irá utilizar o valor da premiação também com o desenvolvimento das pesquisas que vem atuando no momento. “Como a coisa que mais me diverte é fazer pesquisa, vou usar uma boa parte para pesquisa”, conta.

Trajetória

Fernando Galembeck graduou-se em Química pela Universidade de São Paulo (USP), onde também fez o doutorado. Em 1980 ingressou como professor na Unicamp, onde aposentou-se como professor titular em 2011, seguindo em atividades enquanto colaborador. Possui uma ampla trajetória de pesquisa em desenvolvimento e inovação de materiais. A CBMM destaca, na premiação, que o pesquisador criou soluções para problemas de ordem econômica, social e industrial. Além disso, pontua que o professor realizou descobertas que geraram atividades de P&D em empresas e produtos industriais, além de ter atuado como consultor e executor de P&D em indústrias de transformação de vários setores. "Pode assim perceber importantes lacunas científicas, o que permitiu novas descobertas em paralelo com a criação de novos produtos e processos de fabricação", diz a entidade.

audiodescrição:  fotografia colorida do professor Fernando Galembeck
Fernando Galembeck durante o evento Ciência e Arte nas Férias, em janeiro de 2020, quando foi responsável por oficina ministrada para estudantes de ensino médio

Ao longo de seu percurso, Galembeck também participou da implementação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento. Científico e Tecnológico (PADCT), que ajudou a alavancar a área de Química no Brasil, e ganhou prêmios pela atuação na área de nanotecnologia (III Prêmio Cientistas e Empreendedores do Ano Instituto Nanocell/2018), na área de Inovação (Abiquim/2005), além diversos outros reconhecimentos, como o Prêmio Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia (CNPq/Wessel 2007) e o Prêmio Anísio Teixeira (MEC/2011), considerado uma das maiores condecorações a educadores.

Galembeck também foi vice-reitor da Unicamp (1998-2002), dirigiu o Laboratório Nacional de Nanotecnologia, o Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais, em Campinas, e exerceu funções de gestão no Ministério da Ciência e Tecnologia; no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

Atualmente, o pesquisador conta que tem duas linhas de trabalho principais. “Uma é com fenômenos de eletrização, como aparece eletricidade estática e isso tem a ver com raios e relâmpagos e tem a ver com descargas eletrostáticas dentro de casa. Outra é o trabalho com materiais condutores não-metálicos, que são uma classe nova de materiais de origem de fonte renovável, abundante, de baixo custo, que servem para uma série de aplicações”.

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004