O Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), renovou o contrato de gestão com a Unicamp, para a administração do Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) por mais cinco anos. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado no sábado (01-08). O contrato é de R$ 652.113.60,00 divididos em parcelas iguais durante 72 meses.
O processo de renovação do convênio foi conduzido pela Diretoria Executiva da Área da Saúde da Unicamp (DEAS). Na avaliação do diretor, Manoel Barros Bertolo, a última conversa com a gestão da SES em São Paulo – realizada no dia 28 de julho – foi decisiva para esse avanço (veja aqui o vídeo do secretário executivo da SES, Eduardo Ribeiro). “A DEAS, em nenhum momento, deixou de apostar nessa renovação e certamente foi o processo de maior importância conduzido aqui desde a criação da diretoria”, ressaltou.
O convênio prevê a manutenção de todas as atividades assistenciais já realizadas no hospital. A parceria entre a Unicamp e a SES existe desde 2000 e apenas nos últimos cinco anos, o hospital internou quase 60 mil pacientes. A produção cirúrgica do quinquênio totalizou 62.387 procedimentos, sendo 12.225 partos, 5.993 cataratas entre outras especialidades. Somente nas UTIS foram 6.703 pacientes internados na Unidade Adulto, 3.559 na Unidade Neonatal e 980 na UTI Pediátrica.
De acordo com o reitor da universidade, Marcelo Knobel, o HES-Unicamp não é só um hospital de referência em qualidade assistencial, mas é também uma importante unidade que fortalece o ensino e a formação dos futuros profissionais da área da saúde. “Não basta apenas oferecer o ambiente hospitalar. É preciso que ali todos possam crescer, resgatando, sobretudo, os referenciais de qualidade internacional que permeiam a instituição devido às acreditações”, salientou Knobel.
Esses preceitos, conforme o superintendente do HES-Unicamp, Maurício Wesley Perroud Júnior, evidenciam que a gestão da saúde pública com metas de qualidade e produtividade é uma marca do hospital e da Universidade. Desde o início das atividades, o HES ampliou sua assistência focada em certificações de qualidade – nacionais e internacionais – que tiveram impactos na formação dos alunos.
“Nessa trajetória, contamos com o apoio indispensável da FCM, essencial à formação de nossos alunos do 4°, 5° e 6° ano de medicina e dos médicos residentes que chegam a 200 por ano”, frisou. Desde então, a presença de alunos se expandiu para outros cursos da Unicamp como enfermagem, farmácia e nutrição, além da pós graduação.
Enfrentamento ao novo coronavírus – Nesses últimos cinco meses, o hospital se reestruturou para o enfrentamento ao COVID-19. Desde o primeiro 1° caso suspeito (notificado) em 13 de março, o HES-Unicamp já atendeu mais de 300 pacientes intensivos de Covid-19. Foram abertos nesse período, 24 leitos de UTI exclusivos para pacientes com coronavírus e uma enfermaria exclusiva com 34 leitos no sétimo andar do hospital.
“Realizar qualquer reestruturação de fluxo em um hospital não é uma missão fácil. E a tarefa tornou-se ainda mais árdua em meio à pandemia já que transformamos centros cirúrgicos e centros obstétricos em UTIs e ainda mantivemos atendimentos de urgência e algumas eletivas”, ponderou Perroud Júnior.