Instituto de Química aprova moção contra cortes na Fapesp

Moção da Congregação do Instituto de Química da Unicamp contra o Projeto de Lei 627 de 2020.

A Congregação do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas, reunida, em sua 4ª Sessão Extraordinária, vem manifestar a preocupação e repúdio ao Projeto de Lei no. 627 de 2020, que causará danos irreparáveis nas atividades de pesquisas do Estado de São Paulo. Como já amplamente consolidado, a Ciência é a base do desenvolvimento tecnológico e dos avanços na melhoria da qualidade de vida, sendo um dos pilares mais importantes para o progresso da sociedade moderna. No Estado de São Paulo, o progresso científico e tecnológico é decorrente em grande parte dos investimentos realizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), agência internacionalmente reconhecida por sua qualidade, gestão e transparência, garantindo amplo repasse de recursos para o progresso do conhecimento científico e tecnológico. Desde 1989, a Constituição estadual garante à FAPESP a destinação de um por cento (1,0%) da receita tributária do Estado em reconhecimento à necessidade central da Ciência para o desenvolvimento socioeconômico. O Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2021 (PL 627/2020), prevê a aplicação da DREM (Desvinculação de Receitas Orçamentárias de Estados e

Municípios) ao repasse dos recursos do Tesouro à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que, se aprovado, significará uma redução de 30% em seu orçamento para o próximo ano, equivalente a cerca de R$ 450.000.000,00 a menos de investimento científico e tecnológico para o desenvolvimento do Estado de São Paulo. Aliado a isto a queda de arrecadação prevista para 2020 e o comprometimento de recursos da FAPESP com projetos de longo prazo em andamento, este corte acarretará efeitos dramáticos inclusive com a paralisação de pesquisas essenciais para o desenvolvimento do estado.

É sabido que países que venceram graves crises econômicas são aqueles que aumentaram os investimentos em Ciência e Tecnologia, uma vez que atualmente se estima que os investimentos científicos propiciam um retorno quatro vezes maior em média para a economia, havendo áreas que retornam mais que vinte vezes o investimento. Os investimentos feitos pela FAPESP incluem hospitais, institutos de pesquisas, indústrias, empresas de base tecnológica, além das universidades.

É inquestionável que as ações apoiadas pela FAPESP contribuíram para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado de São Paulo e do país com a melhoria da qualidade de vida observadas pelo avanço da expectativa de vida da população. Desta forma, a Congregação do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas apela às senhoras deputadas e aos senhores deputados da ALESP pela manutenção do repasse integral dos recursos constitucionalmente devidos à FAPESP, para o contínuo desenvolvimento científico e tecnológico do Estado de São Paulo.

Instituto de Química, UNICAMP

Campinas, 11 de novembro de 2020.

 

twitter_icofacebook_ico

Comunidade Interna

Delegação conheceu pesquisas realizadas na Unicamp e manifestou interesse em cooperação internacional

A aula show com o chef e gastrólogo Tibério Gil sobre o papel da nutrição e da gastronomia na saúde da mulher contemporânea, nesta quinta-feira (7), abriu a programação que se estede até sexta-feira (8)

Atualidades

Segundo Maria Luiza Moretti, apesar do avanço verificado nos últimos anos, a ocupação de cargos de comando ainda é desigual entre homens e mulheres

Serão quatro anos de parceria, com seis vagas oferecidas a cada ano nos dois primeiros períodos; a oferta sobe para nove beneficiados nos dois anos seguintes

As publicações são divididas de maneira didática nos temas Saúde Geral da Mulher, Saúde Reprodutiva, Saúde Obstétrica e Saúde da Mulher Adolescente

Cultura & Sociedade

Para o reitor Antonio Meirelles, é necessário um compromisso político em favor da solução e o Brasil pode ter um papel de extrema importância nas soluções ambientais globais 

 

Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004