Unicamp e Instituto Vladimir Herzog premiam pesquisas das universidades estaduais paulistas que contribuem com os Direitos Humanos

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A Unicamp e o Instituto Vladimir Herzog promovem no início de 2021 a primeira edição do "Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos Unicamp-Instituto Vladimir Herzog". A iniciativa reconhece pesquisas das diversas áreas do conhecimento realizadas pelas três universidades públicas paulistas - Unicamp, USP e Unesp -, que demonstram compromisso com a promoção e a defesa dos Direitos Humanos. As inscrições vão até o dia 31 de janeiro. 

Criado por meio de um convênio entre a Unicamp e o Instituto Vladimir Herzog aprovado em  novembro de 2020, o prêmio tem como princípios o estímulo ao desenvolvimento de pesquisas, métodos, conhecimentos e tecnologias que promovam o respeito à dignidade e à sustentabilidade da vida, a superação das desigualdades, a preservação dos recursos naturais e culturais, o respeito, empatia e a cultura de paz e a formação de profissionais comprometidos com esses valores. Nesta primeira edição, o prêmio é voltado para as três universidades estaduais paulistas, mas já existe a intenção de incluir outras instituições nas próximas edições. 

"Nossa intenção é convidar os pesquisadores das diferentes áreas a refletirem sobre a contribuição que já têm dado ou que podem vir a dar aos direitos humanos, considerando em seu trabalho - seja por meio dos temas, métodos ou resultados - o enfrentamento à desigualdade, ao preconceito e à degradação das condições de vida, do acesso ao trabalho digno ao acesso aos recursos naturais e sua preservação", explica Néri de Barros Almeida, diretora executiva de Direitos Humanos da Unicamp. Ela também enfatiza a importância de todas as áreas do conhecimento estarem representadas pelas categorias do prêmio. Segundo a diretora, essa é uma forma de fomentar a cultura dos direitos, ou seja, de produzir a consciência de que cada um tem responsabilidades a desempenhar na promoção e proteção da  dignidade humana.  

foto mostra a professora neri de barros almeida sentada à mesa gesticulando
Neri de Barros Almeida: "Esperamos que mais pesquisadores percebam a contribuição que podem dar aos Direitos Humanos"

Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, comenta que a premiação também tem o potencial de chamar a atenção da sociedade para o importante trabalho realizado pelas três universidades públicas paulistas na promoção dos Direitos Humanos. "Temos diversos trabalhos e pesquisas que lidam com os Direitos Humanos e, muitas vezes, não têm uma repercussão muito grande na sociedade. Esse prêmio visa dar reconhecimento e visibilidade para essas pesquisas. É um tema que, infelizmente, ainda é muito atual e é importante que nós, como universidade pública, lidemos com essas questões de uma maneira muito séria e muito comprometida", pontua Knobel. 

Serão premiados trabalhos realizados no âmbito da Graduação (monografias, trabalhos de conclusão de curso ou iniciações científicas), Mestrado (dissertação) e Doutorado (tese) em quatro categorias: ciências exatas e tecnologia; ciências naturais, da saúde e meio ambiente; ciências sociais e educação; ciências da comunicação e linguagem. Para concorrer ao prêmio, as pesquisas devem ter sido defendidas e aprovadas ao longo de 2020. Também serão feitas três homenagens a pesquisadores, acadêmicos ou grupos de pesquisas que prestam contribuições importantes aos Direitos Humanos. 

As pesquisas inscritas serão avaliadas por uma comissão formada por professores das diferentes áreas do conhecimento, representantes do Instituto Vladimir Herzog, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Comissão de Direitos Humanos da OAB e da Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp. Néri de Barros Almeida ressalta a importância da parceria com o Instituto Vladimir Herzog - instituição destacada em sua atuação na promoção dos Direitos Humanos - que reconhece e apoia os esforços da universidade em favor dos direitos fundamentais. A parceria favorece ainda, segundo Néri, a difusão das pesquisas junto à sociedade e o reconhecimento do papel da universidade na promoção do bem comum.  

"Esperamos que com o tempo mais pesquisadores percebam a contribuição que podem dar aos Direitos Humanos, e que essa associação entre pesquisa e Direitos Humanos inspire novas gerações de pesquisadores a trazerem pontos de vista inovadores para o tratamento das questões relacionadas à promoção da dignidade da vida", pontua Néri. 

O diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sotilli, comentou a importância da iniciativa e da parceria com a Unicamp: "O Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos é um incentivo para que estudantes e pesquisadores produzam conhecimento, em todas as áreas da ciência e da tecnologia, pautados e comprometidos com o respeito à dignidade humana. Acreditamos que as universidades, sobretudo as públicas, podem dar contribuições fundamentais para a luta e para a mobilização pelos direitos humanos. No contexto de acirramento da violência e da desigualdade que encaramos, é preciso valorizar a pesquisa científica que nos ajude a caminhar rumo a um país mais justo e mais solidário. Quando a Unicamp propôs esta ação que carrega também o nome de Vladimir Herzog, nos sentimos profundamente honrados, pois compartilhamos o entendimento de que o legado deste grande jornalista deve ser perpetuado na sociedade brasileira junto a iniciativas, como esta, que promovem os valores que Vlado defendeu em vida". 

Confira aqui o texto da Deliberação CONSU-A-061/2020, que institui o prêmio. O edital completo e o link das inscrições on-line estão disponíveis no site da Diretoria Executiva de Direitos Humanos

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imagem mostra logo do prêmio de direitos humanos

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004