A Moradia Estudantil da Unicamp, inaugurada em 1992, possui 280 unidades residenciais (253 casas e 27 estúdios), nas quais vivem cerca de mil estudantes. A manutenção dos prédios é feita pela equipe da Prefeitura do Campus. Uma empresa foi contratada, em 2020, para emitir um laudo estrutural sobre as edificações, de forma a orientar a tomada de decisão sobre os problemas identificados. Também em 2020 foi autorizada a licitação para contratar serviços de conservação, com uma equipe de funcionários exclusivos para a Moradia.
Com os funcionários atuando especificamente na Moradia e tendo o laudo estrutural, o que deve ocorrer em breve, tanto a coordenadora executiva da Moradia Estudantil da Unicamp, Eliete Maria Silva, como a pró-reitora de Graduação da Unicamp, Eliana Martorano Amaral, preveem que as demandas deverão ser sanadas mais rapidamente e de forma mais definitiva. “Com isso, haverá mais agilidade. Mas até que o contrato saia, a conservação continua como responsabilidade da Prefeitura da Unicamp, que é mobilizada a partir da informação dos moradores-estudantes na sede da Administração da Moradia”, diz a pró-reitora.
Os consertos emergenciais, dessa forma, seguem sendo realizados. A Administração Superior cobrou a empresa no início da semana, visto que o laudo estrutural deveria ter sido entregue em dezembro. “Estamos para receber o laudo estrutural da moradia inteira que foi requisitado. Ele deve nos orientar sobre o que pode ser restaurado ou que exige reconstrução. A data devida era 21 de dezembro, e a reitoria já entrou em contato com a empresa para cobrar”, diz.
Em relação a problemas relatados recentemente por estudantes, como a queda de energia elétrica em algumas casas, Eliete pontua que foi sanado, mas demanda também uma possível revisão da parte elétrica. “A energia caiu em 15 de janeiro e acionamos a CPFL, o problema foi resolvido dia 18 de janeiro. Precisamos solicitar a suspensão da energia para que pudéssemos fazer o conserto. Agora o que precisa ser feito é manutenção preventiva”. Sobre a poda da grama e vegetação da Moradia Estudantil, realizada periodicamente, uma equipe de manutenção começou a trabalhar no dia 12 de janeiro e concluiu os trabalhos em 20 de janeiro, devido às chuvas frequentes.
Já com relação a problemas apontados na escada de uma das unidades, no primeiro dia de expediente após o recesso foi formalizado o problema e no mesmo dia os agentes da Divisão de Manutenção realizaram o escoramento provisório que garante a sustentação. Eliete observa que a escada será restaurada, bem como os telhados que necessitem de reparos e substituição das telhas em algumas unidades, pois não se encontra disponível no mercado telhas que se ajustam às atuais.
Conselho da Moradia: canal de diálogo
A coordenadora executiva da Moradia Estudantil e a pró-reitora de Graduação reforçam a importância do Conselho Deliberativo da Moradia, composto por estudantes, professores e funcionários. O Conselho, atualmente presidido pela professora Ana Elisa Assis, da Faculdade de Educação, reúne-se mensalmente para discutir demandas, que também podem ser encaminhadas via Ordem de Serviço em qualquer período, e conduzir soluções possíveis. A próxima reunião do Conselho será no dia 28 de janeiro.
“Nós temos o Conselho Deliberativo, paritário, com reuniões mensais e também emergenciais e vários grupos de trabalho. Há esse Conselho, como canal por meio do qual podem ser apresentadas as demandas, além das solicitações usuais através das Ordens de Serviços que os estudantes podem e devem registrar na Administração. Todos os setores da Unicamp que têm relação com a manutenção e com o dia-a-dia da Moradia estão representados no Conselho”, diz Eliete.
Moradia Estudantil
As primeiras casas da Moradia Estudantil foram entregues em 1989 e 1990, fruto de um processo de reivindicação de estudantes. Em 1992 houve a inauguração oficial da Moradia. Atualmente, atende a cerca de mil alunos, selecionados por critério social. A Moradia é um dos eixos do Programa de Moradia Estudantil, que também possui auxílio financeiro para apoio em pagamento de aluguel.
“Sabemos, em face da situação econômica do país e devido ao perfil dos nossos estudantes, que a moradia é uma necessidade. Temos uma preocupação com a seleção e temos tentado dar mais opção para o estudante pela bolsa ou pela vaga. Até esse ano, nenhum estudante que preenchia os critérios para contemplação de moradia ficou sem habitação”, destaca a pró-reitora de Graduação.