Fonte de energia renovável para garantia do funcionamento dos Polos Base de saúde das aldeias Kumenê e Kumarumã, no Oiapoque (AP). Este é o principal motivo da ação coletiva entre a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé) e a Easy Watt, empresa de projetos e instalações.
Rafael Carneiro, engenheiro eletricista, informa que foram instalados 20 módulos fotovoltaicos de 330 watt-pico (Wp) e disponibilizadas oito baterias de 220 ampère-hora (Ah) em cada uma das unidades. A energia elétrica gerada pelos painéis fotovoltaicos é mandada pelos carregadores para as baterias, que são capazes de dar subsídio por até três dias em casos de menor intensidade solar.
“Durante esse espaço de tempo, mesmo com chuvas, é possível manter as geladeiras de vacinas, o wi-fi (waifai), o microscópio para exame de malária, o nebulizador, a iluminação, tudo funcionando”, exemplifica o engenheiro. Até então, o fornecimento de energia elétrica ocorria com interrupções, por exemplo, na aldeia Kumenê funcionava das 10h às 13h e das 16h às 22h e na Kumarumã das 16h às 23h.
Financiado pela Embaixada da França, o trabalho faz parte de uma iniciativa maior com duração de cerca de seis anos e abarca o território do Amapá e a região Norte do Pará. Agora apenas duas aldeias, Kumenê do povo Palikur e Kumarumã do povo Galibi Marworno, foram beneficiadas. Elas somam uma população com pouco mais de 5 mil indígenas.
Leia matéria na íntegra publicada no site do projeto Campus Sustentável da Unicamp.
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