“Por incrível que pareça, a ideia da doação nasceu de um grupo no WhatsApp. Minha tia Yara Patrícia de Souza Lima Santos era colaboradora da Unicamp no setor da UTI Pediátrica e citava como o hospital andava cheio por conta da pandemia, que muitas crianças ficavam por muito tempo na UTI e não tinham muito entretenimento na TV, pois os canais abertos, após as 17 horas, tendiam a passar telejornais e que seria interessante ter algum tipo de artifício que entretece as crianças. Basicamente, uma conversa natural sobre as dificuldades enfrentadas na pandemia”.
Assim começa o relato de Isabela Adrieli Juliano Batista, aluna de Direito em Campinas. Quando ouviu essa história, logo questionou se havia algum jeito de melhorar a situação dessas crianças e a tia lembrou-se que, há alguns anos, uma mãe levou um pendrive com filmes para o filho que estava internado. Patrícia a achou uma ideia muito interessante e fácil para ajudar as crianças internadas na UTI do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.
Com esse propósito em mente, Isabela buscou ajuda de uma amiga e colega de sala, Indrid Paes Domingues, que redigiu um texto onde explicava qual era o objetivo da doação. Em poucos minutos, elas receberam muitas doações em dinheiro e mensagens no WhatsApp.
“Esse processo foi bem emocionante. Uma história que me tocou muito foi de um moço que havia saído de uma empresa e doou metade dos acertos trabalhistas. Realmente, uma corrente do bem”, revelou Isabela.
No final, além dos pendrives com filmes, com ajuda de um estagiário da Unilever, Caio Lobo Migliati, foram adquiridos produtos de higiene pessoal e termômetros para as crianças que estão em isolamento. Com ajuda também de João Gabriel Diamantino, todos os itens comprados foram entregues no almoxarifado do HC da Unicamp.
“A lição que tiramos é que a semente do bem pode estar em qualquer lugar, e com ajuda, apoio e incentivos podemos melhorar o dia de muitas pessoas”, refletem os amigos que fizeram a doação.
Leia matéria na íntegra publicada no site do HC da Unicamp.