A professora Mônica Alonso Cotta assumiu, na última sexta-feira (30), a direção do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW). Ao lado do professor Marcos Cesar de Oliveira, ela cumpre mandato de quatro anos, até 2025. Mônica Cotta substitui o professor Paschoal Pagliuso, no cargo desde 2017. Durante a solenidade de posse, que aconteceu remotamente devido aos protocolos sanitários, estiveram presentes, além do reitor Antonio José Meirelles, e da coordenadora geral da Universidade, Maria Luiza Moretti, os ex-reitores e ex-diretores do IFGW, Marcelo Knobel e Carlos Henrique de Brito Cruz. A ex-diretora do instituto, professora Carola Dobrigkeit, também fez parte da mesa diretiva da cerimônia.
Em seu discurso de despedida do cargo, Paschoal Pagliuso fez questão de utilizar o seu tempo para tecer inúmeros agradecimentos. "Hoje é um dia de celebração e agradecimento. Não lembrarei dos desafios e das crises que enfrentamos. Só gostaria de agradecer e deixar uma mensagem de otimismo para as pessoas pelas quais tenho admiração", declarou. Pugliuso agradeceu aos alunos, funcionários técnico-administrativos e docentes, e lembrou o tempo de convivência e as discussões para vencer os desafios impostos, principalmente, nos últimos anos, com a crise econômica, social e sanitária vivida no país. Segundo o professor, as ações e realizações que desenvolveu ao longo do seu mandato podem ser conferidas pelos interessados na página do IFGW.
Campineira, Mônica Cotta lembrou que seu vínculo com a Universidade teve início ao cursar Processamento de Dados, no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca). A paixão pela Ciência, no entanto, foi mais forte ao trocar a Computação pela Física. Depois de cursar doutorado nos Estados Unidos, voltou ao IFGW para atuar como docente. "Tive o prazer de participar do desenvolvimento do instituto ao lado de expoentes como Brito Cruz, Cesar Lattes e Marcelo Knobel, para citar apenas alguns. Pra mim é uma grande honra assumir a direção como primeira mulher eleita", destacou.
Uma de suas pautas de gestão será a visibilidade para o que é desenvolvido dentro dos muros da Universidade. "Precisamos nos fazer visíveis e presentes em uma sociedade desigual e injusta. É importante a educação científica para as comunidades em geral, pois só assim será possível combatar o negacionismo que assola a ciência", acredita.
O reitor Antonio José Meirelles demonstrou satisfação em presidir a cerimônia que marca a transição de comando numa das unidades mais antigas da Unviersidade, cuja criação aconteceu dois meses após o lançamento da pedra fundamental da Unicamp. "Destaco o projeto inovador de cientistas como Cesar Lattes, Rogério Cerqueira Leite e Sérgio Porto, e tantos outros que construíram o Instituto que hoje possui fortes indicadores científicos, como por exemplo, a nota máxima na Capes em seu curso de pós-graduação, e número significativo de artigos publicados nas mais respeitáveis publicações internacionais", declarou.
Assista à cerimônia de posse transmitida pelo canal IFGW play: