A construção do Hospital Regional, ligado à Unicamp e com potencial para atender a população de mais de 70 cidades do Estado, foi um dos temas da reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CD-RMC) realizada na segunda-feira (29/11), em Cosmópolis. Representaram a Universidade o reitor Antonio José de Almeida Meirelles, o diretor da DEAS, Oswaldo Grassiotto, e William Oliveira, assessor para Assuntos Institucionais. O Conselho é presidido pelo prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis (MDB). Além de outros prefeitos da região metropolitana, estiveram presentes os deputados estaduais Cezar (PSDB) e Dirceu Dalben.
Antonio Meireilles fez um informe sobre a reunião ocorrida no dia 22 de novembro no Palácio dos Bandeirantes, quando o governador João Doria se declarou favorável à construção do hospital, sublinhando, porém, que o custeio deveria ser divido entre o governo do Estado, o Sistema Único de Saúde (SUS) e os municípios. "O Hospital Regional é uma demanda da região metropolitana, de suas prefeituras e de prefeituras das regiões circunvizinhas, para ampliar a oferta de leitos à população residente nas proximidades de Campinas. Será um equipamento de saúde complementar ao HC, possibilitando atender com mais eficácia a população da região e reorganizar a relação da área assistencial de saúde da Unicamp com o SUS e os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) da região”, explicou o reitor.
O diretor da DEAS, Oswaldo Grassiotto, mostrou aos presentes a estrutura que o sistema passaria a ter com o novo hospital, e a sistemática de liberação de leitos, em especial para atendimentos de média e alta complexidade. Detalhou, ainda, os investimentos a serem feitos pelas cidades.
“Vejo como justa a divisão do custeio entre as partes, mas temos que lutar para que a parcela do Estado seja maior do que tem sido apresentada”, argumentou o deputado Dirceu Dalben. Ele defendeu a necessidade de equiparar o percentual de responsabilidade dos governos estadual e federal. As primeiras discussões apontam que a Federação se comprometeria, por meio do SUS, com 40% do custeio, o Estado com 30% e as prefeituras também com 30%. Estudos preliminares apontam um custeio anual na ordem de R$ 300 milhões. Para o deputado, o percentual das prefeituras deve ser menor “porque elas têm assumido muitas responsabilidades na área da Saúde”. Ele defendeu ainda a gestão compartilhada das vagas a serem abertas com o novo hospital.
O presidente do CD-RMC e prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, relatou que, junto com o deputado federal Baleia Rossi, intermediou uma reunião do reitor e da coordenadora geral da Unicamp com o Governador João Dória para apresentar o projeto e discutir o custeio. Reis avalia como vantajosa para as cidades a forma de custeio proposta, acrescentando que o tema continuará a ser discutido pelos gestores da RMC, com a partipação, quando possível, dos demais municípios que poderão compor o projeto. As formas de divisão e os percentuais de cada participante serão elaboradas pelo CD-RMC.
Confira mais algumas imagens da reunião do prefeitos :