“Felicidade”. Assim definiu a docente do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp a sensação de saber que foi contemplada com uma das maiores honrarias no campo da neurologia infantil: o Prêmio John Stobo Prichard, conferido pela International Child Neurology Association (ICNA).
“Fiquei muito feliz com a indicação. É um prêmio muito importante, de lifetime achivemment, que destaca o trabalho clínico e de pesquisa em neurologia infantil de pesquisadores com menos de 45 anos”, disse Ana Carolina Coan.
A premiação será entregue durante o 17º Congresso Internacional de Neurologia Infantil, a ser realizado pela ICNA de 3 a 7 de outubro, na Turquia. A pesquisadora fará a conferência magna do evento, intitulada “O impacto das epilepsias no desenvolvimento e função do cérebro”.
O chefe do Departamento de Neurologia da FCM, Li Li Min, destacou a relevância da premiação no contexto das atividades de pesquisa, ensino e assistência em neurologia infantil realizadas na Unicamp.
“Essa premiação corrobora o alto nível dos professores e pesquisadores do nosso Departamento. Nosso grupo abriga alguns dos cientistas mais influentes do Brasil e do mundo nas áreas de neurologia infantil e epilepsia”, disse
Sobre Ana Carolina Coan: Professora assistente de Neurologia Infantil do Departamento de Neurologia da FCM e pesquisadora associada do Instituto Brasileiro de Neurociências e Neurotecnologia (Cepid Brainn), desenvolve pesquisas no Laboratório de Neuroimagem, com foco no uso de ressonâncias magnéticas estruturais e funcionais na identificação de biomarcadores associados a fenótipos de epilepsias. É vice-presidente da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI), representante da área de neurologia infantil da Comissão de Educação da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e membro do Conselho Executivo da International Child Neurology Association (ICNA).
Suas pesquisas descrevem a rede de anormalidades cerebrais das substâncias cinzenta e branca em distintos fenótipos de epilepsias. Elas mostram que o dano cerebral difuso pode ser progressivo, de acordo com a etiologia subjacente. Essa progressão ocorre em casos farmacorresistentes, bem como naqueles com tempo prolongado de controle das crises. O uso de neuroimagem multimodal pode melhorar e acelerar a avaliação pré-cirúrgica não invasiva de indivíduos com epilepsias farmacorresistentes, diminuindo seus custos.
Atualmente, seu trabalho concentra-se na associação de fenótipos clínicos e anormalidades estruturais e funcionais do cérebro em diferentes síndromes epilépticas, e em seu impacto no desenvolvimento cerebral.
Matéria original publicada no site da Faculdade de Ciências Médicas.