“Nossa gestão na reitoria da Unicamp tem um forte compromisso com a melhora da assistência em saúde. Um novo hospital é fundamental para aumentar o número de leitos, organizar o sistema de atendimento hoje oferecido e possibilitar melhor atendimento à população. A Universidade já assumiu o compromisso de ceder uma área para a construção e quer seguir trabalhando junto aos prefeitos da RMC para concretizar este projeto”, afirmou a coordenadora-geral da Universidade, Maria Luiza Moretti, para prefeitos, deputados e secretários municipais de saúde. A reunião com os membros do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CD-RMC) aconteceu no dia 23 de fevereiro, em Sumaré.
A apresentação foi mais um passo para a implantação do hospital regional metropolitano de Campinas, para o qual a Unicamp deve disponibilizar uma área de 40 mil metros quadrados. “Por meio de todo o complexo de saúde da Unicamp, que inclui o Hospital das Clínicas, Caism, Hemocentro e o Gastrocentro, e ainda os hospitais de Sumaré e de Piracicaba, de cuja gestão participamos, a Universidade tem uma atuação importante no sistema de saúde de Campinas e região. É nossa intenção consolidar essa participação por meio do novo hospital. Acreditamos que ele pode ter um papel na regulação de recursos disponíveis na saúde pública para a RMC”, destacou Maria Luiza.
O prefeito de Jaguariúna e presidente do CD-RMC, Gustavo Reis, também defendeu a construção do hospital. “Já temos a área, o apoio da Universidade e do governo estadual. Temos que nos mobilizar no âmbito deste Conselho para acelerar o projeto, que é estratégico para a área de saúde de nossas cidades”, disse. Segundo o prefeito de Campinas, Dario Saadi, a pandemia mostrou os grandes desafios para o atendimento em saúde, e a importância de uma boa infraestrutura hospitalar. O deputado estadual Dirceu Dalben mencionou a parceria bem-sucedida entre o Hospital das Clínicas de Bauru e a USP, que possibilitou ampliar o atendimento para toda aquela região. “Temos que formalizar o apoio do Conselho com uma proposta oficial para o governo do Estado e garantir os recursos para a construção”, afirmou.
O Secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon, expressou seu entusiasmo com o novo hospital. Para ele, trata-se de uma oportunidade de integrar, na área de saúde, governo estadual e prefeituras da RMC, por meio de um sistema de regulação que faria a interface do Estado com os municípios. "A falta de integração acaba encarecendo o sistema de saúde. Com um sistema de regulação centralizado neste hospital, contemplando toda a região, podemos tornar o atendimento mais barato para o Estado e mais eficiente para a população". Ele defendeu, ainda, que parte dos leitos do hospital metropolitano sejam reservados para casos de urgência e emergência.
O novo hospital deve contar com 350 novos leitos de internação disponíveis à população da RMC, estimada em 3,3 milhões de habitantes. O investimento previsto para a construção da unidade é de R$ 320 milhões. A proposta é que ele seja instalado em uma área cedida pela Unicamp na Fazenda Argentina e tenha gestão técnica da Universidade. Os custos com a operação devem ser divididos entre SUS, prefeituras da RMC e Secretaria de Estado da Saúde.
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