O Governo do Estado de São Paulo autorizou nesta segunda-feira (21/2) o investimento de R$ 12 milhões para o início dos atendimentos do Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOU). A autorização foi assinada em reunião no Palácio dos Bandeirantes pelo Vice-Governador Rodrigo Garcia. O valor será destinado à unidade ao longo do primeiro ano de atividades, a partir de abril, em repasses de R$ 1 milhão ao mês, por meio de um convênio entre Governo do Estado e Unicamp. A parceria surgiu de uma iniciativa do Deputado Federal Carlos Sampaio.
"A liberação do valor de R$ 12 milhões vai possibilitar o início das atividades do IOU no início de abril", declarou o deputado ao agradecer à administração estadual pelo repasse e também à Unicamp e ao Departamento Regional de Saúde (DRS), pelo atendimento às demandas de saúde da região de Campinas. Participaram da reunião o Reitor da Unicamp Antonio José de Almeida Meirelles; a Coordenadora-Geral Maria Luiza Moretti; o diretor executivo da Área de Saúde, professor Oswaldo Grassiotto; e o diretor do IOU, professor Agrício Crespo. Também estiveram presentes o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn; o secretário executivo da pasta, Eduardo Adriano e Mirella Povinelli, diretora regional de Saúde de Campinas.
O reitor da Unicamp agradeceu à iniciativa de Carlos Sampaio e o apoio do governo estadual e da Diretoria Regional de Saúde: "Esse momento é importante para nós da Unicamp, porque além de corresponder aos anseios regionais de melhorarmos a prestação de serviços à comunidade, é uma oportunidade de gerarmos um modelo diferenciado para a evolução de nossa área da saúde". O IOU foi construído com recursos do Ministério Público do Trabalho advindos de uma ação civil pública. “Neste momento, ele será mantido basicamente pelo convênio com o poder público estadual, mas para que atinja capacidade plena de operação teremos que pensar em novos modelos de gestão, que testem outras possibilidades para o setor", comenta.
O Instituto está em fase final de instalação. As obras já foram concluídas e, atualmente, é elaborado o plano de trabalho para a unidade. O início das atividades está previsto para o mês de abril. "O IOU não é apenas um hospital, mas um instituto. É um centro de ensino, de assistência e de educação continuada", detalha Agrício Crespo. O diretor avalia que o repasse autorizado incentiva o engajamento de outros setores com a manutenção do equipamento: "Queremos uma unidade que possa fazer o máximo, que seja destaque na região e fora dela. Sozinhos não conseguimos fazer isso. Por isso, o poder público e a sociedade civil estão engajadas nesse projeto".
O IOU será uma unidade referenciada de impacto nacional. Os atendimentos serão realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e regulados pela Central de Regulação de Vagas e Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). "Essa parceria com a Unicamp é fundamental. O IOU será um hospital com uma linha de cuidados muito sensível, na área de oncologia e cirurgia de cabeça e pescoço, atendendo os 42 municípios da região", pontua Jean Gorinchteyn.
Para Rodrigo Garcia, o instituto responde à necessidade identificada pela administração estadual de reorganizar a atenção em saúde de São Paulo, visando ao aprimoramento dos serviços básicos e especializados. "Precisamos olhar para o futuro e o IOU vem ao encontro disso. É um hospital dedicado a uma área especializada, com demanda crescente. A obra saiu do papel e agora o Estado entra como financiador inicial para transformá-lo em um grande equipamento do sistema de saúde de São Paulo", afirma Rodrigo Garcia.
