Unicamp está entre as 200 universidades do mundo mais comprometidas com a sustentabilidade

Edição de imagem

O ranking Impacts, da consultoria britânica Times Higher Education (THE), classificou a Unicamp entre as 200 universidades mais comprometidas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a Unicamp está em segundo lugar, precedida pela Universidade de São Paulo (USP). O ranking avaliou 1.406 instituições de ensino superior de 106 países. O primeiro lugar ficou com a universidade australiana Western Sydney.

Os ODS são metas de eliminação de problemas globais como pobreza, desigualdades, fome e degradação ambiental. Os 193 países membros da ONU comprometeram-se a adotar essa agenda, prevista para o  período 2015-2030. Segundo a avaliação do ranking, as áreas em que a Unicamp está mais bem posicionada são: energia limpa e acessível; saúde e bem-estar; indústria, inovação e infraestrutura; parcerias e meios de implementação para os objetivos. 

audiodescrição: fotografia colorida de ambiente externo; há palmeiras em primeiro plano e uma casa ao fundo
Um dos projetos desenvolvidos pela Unicamp é o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável

“A agenda 2030 é um canal que organiza a ação das instituições universitárias”, observa o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles. Ele destacou o desempenho da Universidade no ranking e apontou que a sustentabilidade envolve um conjunto amplo de ações ambientais, sociais, de inclusão, inovação e desempenho econômico. 

Meirelles participou recentemente de um encontro de reitores organizado pela ONU, a fim de alinhar a Universidade ainda mais a esses objetivos. “Há uma rede de universidades organizadas pela ONU, a Sustainable Development Solutions Network (Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável). Essa rede destaca o papel das universidades na formação de pessoas, em tecnologia, ciência e conhecimento em geral para enfrentar o desafio da agenda 2030”. 

Energia, saúde e inovação são destaques no ranking

A geração de energia renovável é uma das áreas centrais da Unicamp em sua atuação direcionada à sustentabilidade. A Universidade é uma referência em capacitação no setor de energia solar, com diversos cursos orientados para a área. Além disso, possui uma usina fotovoltaica no campus de Barão Geraldo, em Campinas. 

A geração de energia solar integra o projeto Campus Sustentável, realizado em parceria com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). O primeiro ônibus elétrico movido com a energia produzida na usina passou a integrar a frota do transporte circular da Universidade em 2020. Já o Campus Sustentável teve início em 2017 e visa transformar a Unicamp no maior Laboratório Vivo de Sustentabilidade Energética da América Latina. 

Outro projeto inovador da Unicamp é o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), também alinhado aos ODS. O HIDS prevê a criação de um distrito inteligente e sustentável, em uma área de 11 milhões de m²  contígua ao terreno da Unicamp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) e outras instituições do Polo de Alta Tecnologia de Campinas. Fruto de uma parceria que envolve 13 instituições, incluindo a Prefeitura de Campinas e o Governo do Estado de São Paulo, o HIDS será um espaço de uso misto, contemplando moradias, empresas e serviços.

A redução de gases de efeito estufa na Unicamp é um dos recentes projetos da Unicamp. Por meio de parceria com a Comgás, a maior distribuidora de gás natural encanado do país, a Universidade irá substituir o óleo diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP) pelo gás natural canalizado. A previsão é que haja uma redução anual de 10,1% na  emissão de gases de efeito estufa. 

audiodescrição: fotografia colorida de uma pessoa sendo testada, via narinas, para a covid 19
Ações na área de saúde foram destacadas pelo ranking

Em relação à saúde, outro ponto evidenciado no ranking, o complexo hospitalar da Unicamp é referência na região e atende a cerca de 500 mil pessoas anualmente. As ações nessa área extrapolam os campi. Profissionais da saúde atuam em projetos de extensão que levam atendimento a populações mais vulneráveis. Desde o início da pandemia, por meio da Força Tarefa contra Covid-19 da Unicamp, são realizados mutirões de testagem em massa em grupos de pessoas em situação de rua, trabalhadores de aplicativo e populações em situação de vulnerabilidade social e econômica.

A Unicamp conta ainda com o Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), que atua a favor do desempenho socioambiental da Universidade. Por suas ações em sustentabilidade, a Universidade também foi convidada a participar da Academia da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Seis universidades no mundo integram a organização, que atua na conservação de recursos naturais. 

Sistematização de dados para o ranking

A edição de 2022 do ranking Impacts é a primeira de que a Unicamp participa. Para entrar na classificação, a Universidade precisou sistematizar os dados relativos aos 17 ODS. O pró-reitor de Planejamento Universitário, Fernando Sarti, afirma que o interesse é aperfeiçoar essa coleta e envolver a comunidade universitária no processo.

“A Unicamp está se preparando para responder a essas demandas e o levantamento ainda precisa ser aprofundado. A comunidade pode se envolver, pois muitas ações nas unidades podem ser registradas e fornecidas aos rankings. Tivemos uma excelente classificação e temos interesse em estar entre as melhores. Nosso objetivo é continuar subindo”, avalia. 

Assista também a reportagem sobre a sistematização dos dados para o ranking Impacts:

Imagem de capa
audiodescrição: fotografia colorida de placas fotovoltaicas

twitter_icofacebook_ico

Comunidade Interna

Delegação conheceu pesquisas realizadas na Unicamp e manifestou interesse em cooperação internacional

A aula show com o chef e gastrólogo Tibério Gil sobre o papel da nutrição e da gastronomia na saúde da mulher contemporânea, nesta quinta-feira (7), abriu a programação que se estede até sexta-feira (8)

Atualidades

Segundo Maria Luiza Moretti, apesar do avanço verificado nos últimos anos, a ocupação de cargos de comando ainda é desigual entre homens e mulheres

Serão quatro anos de parceria, com seis vagas oferecidas a cada ano nos dois primeiros períodos; a oferta sobe para nove beneficiados nos dois anos seguintes

As publicações são divididas de maneira didática nos temas Saúde Geral da Mulher, Saúde Reprodutiva, Saúde Obstétrica e Saúde da Mulher Adolescente

Cultura & Sociedade

Para o reitor Antonio Meirelles, é necessário um compromisso político em favor da solução e o Brasil pode ter um papel de extrema importância nas soluções ambientais globais 

 

Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004