Unicamp aprova título de professor emérito a Roberto Schwarz e Guita Grin Debert

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O Conselho Universitário (Consu) da Unicamp aprovou nesta terça-feira (31), por unanimidade, a concessão de título de Professor Emérito ao crítico literário Roberto Schwarz e à antropóloga Guita Grin Debert.

Schwarz nasceu em Viena, na Áustria, em 1938. No ano seguinte, a família, de origem judaica, emigrou para o Brasil, em virtude da situação política na Europa. Roberto Schwarz estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e fez mestrado na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Em seguida, tornou-se professor na USP.

Roberto Schwarz iniciou sua trajetória como docente da Unicamp, em 1978, ocupando uma cadeira no Departamento de Teoria Literária do IEL
Roberto Schwarz iniciou sua trajetória como docente da Unicamp, em 1978, ocupando uma cadeira no Departamento de Teoria Literária do IEL. Foto: Reprodução Redes Sociais

Em 1969, exilou-se na França, tendo realizado o doutorado na Universidade de Paris-Sorbonne. Bolsista na Guggenheim Memorial Foundation, foi professor visitante na Universidade de Harvard. Em 1978, iniciou sua trajetória como docente da Unicamp, ocupando uma cadeira no Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). 

"Seus  livros, que foram traduzidos nos Estados Unidos, tornaram-se clássicos da área e se transformaram em leitura obrigatória em cursos de teoria literária mundo afora", disse o professor Márcio Seligmann-Silva, presidente da comissão especial de designação do título. "Ele tem uma carreira única e é um das pessoas  de maior destaque na área na América Latina. O reconhecimento da Universidade é absolutamente merecido", concluiu o professor Seligmann.

Guita Debert

A antropóloga Guita Grin Debert passou mais de 38 anos na Unicamp. A professora Maria Filomena Gregori, que integrou a comissão especial de homologação do título, destaca alguns pontos de sua carreira.

"Sua contribuição acadêmica e científica sobre assuntos complexos como família, curso da vida, violência, gênero, envelhecimento, bem como o seu engajamento institucional, têm sido reconhecidos dentro e fora da Unicamp", disse a professora. 

Entre outras homenagens, Guita Debert foi agraciada em 2020 com a Medalha Roquette Pinto, da Associação Brasileira de Antropologia.
Entre outras homenagens, Guita Debert foi agraciada em 2020 com a Medalha Roquette Pinto, da Associação Brasileira de Antropologia.

Em 2000, Guita recebeu o Prêmio Jabuti pelo livro A reinvenção da velhice. Em 2002, foi contemplada com o prêmio acadêmico Zeferino Vaz, o que, segundo Filomena, revela seu comprometimento com a formação de alunos. Além disso, foi agraciada em 2020 com a Medalha Roquette Pinto, da Associação Brasileira de Antropologia.

A atuação internacional de Guita também foi intensa, tendo ministrado cursos em universidades como Columbia e do Colorado (EUA), o Instituto de Estudos de Desenvolvimento da Sorbonne (França) e as Universidades de Bologna (Itália) e Lisboa (Portugal).

"Desde o início de sua trajetória, ela teve um comprometimento institucional bastante vigoroso com a Unicamp", avalia Filomena. Guita Debert foi chefe do Departamento de Antropologia, coordenadora de várias áreas de doutorado em Ciência Sociais e do  mestrado em Antropologia. A homenageada é também pesquisadora associada do Núcleo de Estudos de Gênero (Pagu) e atuou frequentemente junto às agências de fomento.

 

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Aprovação foi em votação unânime na sessão do Conselho Universitário do dia 31 de maio

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