Dirigentes da Unicamp e da Universidade de Purdue (EUA) iniciaram um processo que poderá resultar na ampliação do intercâmbio entre as instituições. A reitora associada de graduação, Dana Weinstein; a diretora de parcerias globais, Heidi Arola, e o reitor assistente de programas globais para engenharia, George Chiu, foram recebidos na segunda-feira (27) por Antonio Meirelles, reitor da Unicamp, e discutiram novas colaborações.
Fundada há 153 anos e localizada em West Lafayette, no Estado de Indiana, a Purdue tem forte atuação na área de engenharia. As duas universidades já mantêm um programa que leva alunos de graduação em engenharia para cursos nos Estados Unidos, mas a ideia é que a parceria seja estendida a outros setores.
“Além da tradição em engenharia, Purdue tem uma abordagem parecida com a nossa em termos de pesquisa, inclusão, sustentabilidade e relação com os objetivos sustentáveis da ONU”, disse o reitor. “Temos uma colaboração relativamente forte em algumas áreas, mas eles querem ampliá-la, pois consideram a Unicamp uma parceira estratégica no Brasil”, afirma o reitor.
Meirelles mencionou os centros de pesquisa com foco na questão energética que já começaram uma colaboração: o Cistar (Centro de Transformação Inovadora e Estratégica de Recursos Alcanos), de Purdue, e o Cine (Centro de Inovação de Novas Energias), da Unicamp. “Os dois centros tratam da questão energética. O Cistar prioriza a transição do petróleo para energias renováveis, o Cine, as energias renováveis. São atividades que podem gerar ajuda mútua”, acredita Meirelles.
Para ele, as duas universidades guardam similaridades na abordagem dos projetos de pesquisa, "sempre com o espírito de gerar e transferir tecnologia para que se tenha impacto em empresas já estabelecidas ou em startups".
Novos programas
O professor Osvaldir Taranto, da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI), informou que, no encontro desta segunda-feira, foi celebrado um convênio pelo qual cinco alunos de graduação serão encaminhados para um período de formação em Purdue, no segundo semestre deste ano.
A intenção é ampliar o número de estudantes para o ano de 2023. Mas o interesse dos norte-americanos pode ser ainda mais amplo.
“Fizemos o encontro para celebrar o intercâmbio de alunos de graduação e estamos saindo com possibilidades enormes em pós-graduação, pesquisa e inovação”, disse o professor.