O reitor da Unicamp, Antonio Meirelles, e a chefe de Gabinete Adjunta da Reitoria, Adriana Nunes Ferreira, receberam nesta segunda-feira (27) representantes da União Estadual dos Estudantes de São Paulo. Participaram do encontro a presidenta da entidade, Tayná Wine, sua diretora de Relações Institucionais, Ester Moraes, e a diretora de Comunicação, Vick Matos.
A UEE pediu apoio para a realização de um festival em favor das cotas étnico-raciais nas universidades, previsto para agosto. A ideia é promover atividades culturais e de mobilização em prol da manutenção do sistema de cotas para pretos, pardos e indígenas.
A Lei das Cotas, que facilitou o acesso de estudantes pobres, negros, indígenas e com deficiência à universidade pública, foi criada em 2012 e será reavaliada pelo Congresso neste ano. Se seus objetivos forem considerados alcançados, a política pode ser descontinuada.
De acordo com a Agência Senado, vários projetos tratam do tema no Congresso. Há proposta de adiamento da revisão em 10 ou 50 anos. Outras preveem a ampliação da política, mas há também propostas de redução ou de eliminação do sistema. A Unicamp adotou o sistema de cotas raciais em 2017 e reservou 25% das vagas disponíveis para candidatos autodeclarados pretos e pardos. Criou, também, o Vestibular Indígena.
Encaminhamento e possibilidades de apoio
O reitor explicou que, do ponto de vista orçamentário, não é possível contribuir para o festival, já que não se trata de uma atividade da Universidade, mas prometeu considerar outras formas de apoio.
A professora Adriana Ferreira orientou os dirigentes da UEE a formalizarem um projeto e disse que poderia encaminhar demandas referentes ao festival à Pró-Reitoria de Cultura. Ela garantiu ainda que a reitoria quer manter diálogo com as entidades estudantis. O grupo ainda discutiu a recepção aos alunos no retorno do recesso, em agosto.