Unicamp volta a ter sua Banda Sinfônica

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Quase 15 anos depois, a Universidade terá novamente uma Banda Sinfônica. O edital aberto prevê 54 vagas para percussão, flauta, clarinete, oboé, fagote, saxofone, trompete, trompa, trombone, eufônio, tuba e contrabaixo acústico. Assim, a formação é composta essencialmente por sopros e percussão. Desde 2008, a Unicamp está sem projeto de Banda Sinfônica. 

As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de julho, no portal do Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp (CIDDIC). Além da turma da Banda Sinfônica, estão abertas inscrições para a Escola Livre de Música da Unicamp para os cursos tradicionais de vários instrumentos, teoria musical e história da música.

"A formação da Banda Sinfônica explora muito os limites dos instrumentos de sopro e percussão", explica o trombonista e coordenador da Escola Livre de Música, Fernando Hehl. Isso porque, diferentemente de uma Orquestra Sinfônica, a Banda não tem instrumentos de corda, com exceção do contrabaixo acústico.

Apresentação da antiga Unibanda; projeto é retomado quase 15 anos depois
Apresentação da antiga Unibanda; projeto é retomado quase 15 anos depois

Formação versátil

“Em relação ao repertório, muitos compositores americanos e europeus se dedicaram, principalmente no século XX, a escrever para Banda Sinfônica. Então, temos um repertório de caráter erudito escrito especificamente para essa formação. Além disso, há repertórios populares, adaptações, muita música brasileira”, complementa o coordenador.

Como exemplos de compositores brasileiros que dedicaram parte do seu repertório para  Banda Sinfônica, Fernando cita o Maestro Duda, que explorou variações de ritmos nacionais, principalmente nordestinos, e Gilberto Gagliardi. “A gente pode viajar desde o erudito até a música popular, o jazz, o blues, o rock, temas de filmes. É uma formação muito versátil, realmente”.

Do quartel ao coreto - O conceito de Banda Sinfônica chega ao Brasil junto com a Família Real Portuguesa, no início do século XIX, explica Hehl. "Dom Pedro trouxe instrumentos de sopro, ele era muito aficionado por bandas. Foi a partir dali que a banda começou a se consolidar em nosso cenário. Em um primeiro momento, eram bandas de caráter militar, mas depois surgiram as bandas de coreto".

Matéria originalmente publicada no site da Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (Cocen).

Imagem de capa
Audiodescrição: em uma sala de música, imagem em perspectiva e à curta distância de 9 pessoas em pé, voltadas para a esquerda da imagem e posicionadas uma ao lado da outra, que tocam instrumentos musicais de sopro, trompetes. À frente deles, partes de partituras musicais dispostas em tripés. Ao fundo da imagem, grande tela de tv lcd afixada na parede exibe o logotipo da Unicamp. Todos usam camisa social de botões de variadas cores. Imagem 1 de 1.

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004