O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, presidiu a cerimônia de posse do novo diretor do Colégio Técnico de Limeira (Cotil), nesta segunda-feira (1). O professor Augusto César da Silveira vai ocupar o cargo no quadriênio 2022-2026, em substituição ao professor José Roberto Ribeiro, que esteve à frente do colégio no período de 2018-2022.
“Vamos fazer um trabalho baseado em dois princípios: respeito e lealdade”, disse Silveira, no discurso de posse. “A proposta de trabalho que queremos não começa hoje. Norteia nossas ações há muito tempo”, advertiu. “Queremos explorar o potencial das pessoas que construirão o futuro do Cotil. E, assim, construir o Cotil que podemos ser”, afirmou o novo diretor.
Professor desde 1998, sempre em cursos técnicos, Silveira é engenheiro de Agrimensura e mestre em Engenharia Agrícola. Está desde 2005 no Cotil, onde ministrou aulas de Edificações e Geodésia. Foi diretor executivo de Ensino Pré-Universitário (DEEPU) da Unicamp, chefe de Departamento, diretor administrativo e diretor associado do Cotil. Também exerceu o cargo de conselheiro titular eleito para representar os professores das carreiras especiais da Unicamp no Conselho Universitário (Consu).
“Esse foi um período difícil, agravado por uma pandemia. Tempos duros, desafiadores. Às vezes pleno de incertezas. Mas também foi um período de semeadura”, afirmou Ribeiro, no discurso de despedida, referindo-se a seu mandato à frente do Cotil. “Tivemos uma gestão marcada por mudanças na legislação brasileira; pela transformação e ampliação do uso da tecnologia, pelas ações afirmativas e pelo conceito de escola do futuro”, disse ele. “Uma escola mais participativa, colaborativa, altamente tecnológica e muito influenciada por redes e mídias sociais”, resumiu.
O professor Ribeiro disse que procurou “honrar a trajetória do Cotil”. Contou que, logo no início de seu mandato, promoveu a reestruturação dos cursos, com o objetivo de oferecer um currículo moderno, que atendesse às novas exigências da sociedade, da lei de diretrizes e bases, do novo ensino médio e do tratado nacional de cursos técnicos.
“E a partir dessa reestruturação, desenvolvemos ações de diversas ordens: estruturais, administrativas e pedagógicas, ações essas que ressignificaram o Cotil”, afirmou. “E hoje, celebramos o fim de um ciclo vitorioso”, concluiu ele.
O reitor da Unicamp, por sua vez, disse que um dos maiores desafios da atualidade é aproximar o trabalho acadêmico da sociedade. Por isso, Meirelles reforçou a ideia de que as instituições de educação, ensino e pesquisa devem atuar de forma a atender às demandas vindas da população.
Meirelles lembrou que a Unicamp tem hoje, uma relação muito estreita com a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Citou exemplos de projetos que surgiram diretamente das necessidades das prefeituras que compõem a região, necessidades essas e para as quais a Universidade tem dado respostas.
Um exemplo, disse ele, é o fato de que a Universidade tem trabalhado junto ao Conselho de Desenvolvimento da RMC, na elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da região. Lembrou ainda que, brevemente, está prevista a instalação na Unicamp do Centro Meteorológico, que vai auxiliar na elaboração de medidas preventivas contra eventos climáticos extremos e servir de balizador para o desenvolvimento de pesquisas em outras áreas, especialmente nas de agricultura e monitoramento de recursos hídricos. Meirelles destacou ainda a instalação de uma unidade do Corpo de Bombeiros no campus de Campinas.
Segundo ele, são projetos que nasceram da necessidade direta da população. E fez um alerta: o desenvolvimento do Brasil passa pela universidade e por um ensino médio forte. “Desenvolvimento econômico não se faz sem estruturas como essas que temos - a Universidade e os colégios técnicos”, afirmou o reitor.