Edson Luiz Kitaka, diretor da Divisão de Informática (DINF) do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, recebeu, no último dia 20 de agosto, o prêmio Leader Innovation Award na categoria Saúde. A entrega do prêmio aconteceu durante o Innovation Meeting, o maior evento brasileiro de inovação, tecnologia e gestão, que acontece, anualmente, no Nordeste. Mais de mil participantes votaram online para a escolha dos vencedores em cada categoria.
“O prêmio foi inesperado para mim. O bacana foi perceber que outras empresas estão olhando para o que fazemos aqui dentro do HC da Unicamp. Isso só é possível graças a minha equipe e à alta gestão do hospital, que me apoia nessas loucuras tecnológicas. Divido com eles esse prêmio”, comentou Kitaka.
A veia da inovação pulsa em Kitaka há bastante tempo. Em 2009, a DINF do HC da Unicamp foi responsável pela instalação da primeira sala de telemedicina do Brasil. A sala foi utilizada, por exemplo, para ajudar no atendimento a vítimas do acidente ocorrido na boate Kiss, no treinamento para as Olimpíadas do Rio de Janeiro e para os preparativos da Copa do Mundo no Brasil. No mesmo ano, o HC deu início também ao projeto de arquivamento de imagens digitais (PACS).
Em 2016, em parceria com o Instituto Eldorado, foi criado um sistema inovador, para a época, envolvendo o uso do Internet of Things (IOT), que possibilitou o rastreamento de pessoas e equipamentos. O projeto foi batizado com o nome de Trackbee, porque utilizava a tecnologia de beacons e wi-fi.
No ano de 2010, a área de Informática começou a criar aplicativos que pudessem trabalhar em nuvem – tema pouco discutido e conhecido na época – e que fossem utilizados por toda a comunidade da Unicamp. Essa inovação mostrou-se importante para o processo de implantação do sistema AGHUse, iniciado em 2016, e que pode funcionar em nuvem.
Já em sua fase final de implantação dos módulos no HC, o AGHUse disponibilizará, em breve, uma ferramenta para melhorar o relacionamento do paciente com o hospital.
“Iremos implantar um módulo que permitirá ao paciente atualizar seu cadastro, verificar seus agendamentos, remarcar sua consulta, receber orientações, entre outras funcionalidades. O paciente poderá acessar tudo isso do próprio celular ou computador”, revelou Kitaka.
Pensando no futuro do hospital, o diretor da DINF ainda pretende implantar a tecnologia 5G para a conexão de equipamentos médicos e o metaverso – realidade virtual – para o treinamento cirúrgico e para o tratamento de pacientes, por exemplo. “Não é fácil inovar. Temos boas ideias. Vamos agora atrás do financiamento para viabilizar isso”, ressaltou Kitaka.