A Academia Brasileira de Ciências (ABC) está realizando uma pesquisa para mapear o perfil dos cientistas brasileiros em início e meio de carreira. O levantamento tem o objetivo de identificar os principais desafios da carreira científica com vistas à elaboração de políticas públicas para o setor. O estudo é realizado em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e com o grupo Parent in Science, além de contar com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
"Nossa ideia foi formular questões que ajudassem a definir melhor o perfil do pesquisador em início de carreira no Brasil, o que culminou na elaboração desse questionário. Pretendemos ter elementos para, eventualmente, subsidiarmos estratégias de financiamento de pesquisa e iniciativas do poder público a fim de incentivar esses pesquisadores", explica Marcelo Mori, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e membro afiliado da ABC.
O questionário leva cerca de 15 minutos para ser respondido e tem questões sobre o acesso a financiamentos de pesquisa, parcerias e suporte institucionais, aspectos sociais e de diversidade e oportunidades disponíveis aos jovens pesquisadores do Brasil. Podem participar pessoas que concluíram o doutorado a partir de 2006 e possuam vínculo formal com uma instituição de ensino e pesquisa pública ou privada do país ou do exterior. A participação é anônima e voluntária e os dados informados serão mantidos em sigilo e segurança.
Acesse o formulário da pesquisa.
Segundo Mori, a iniciativa preenche uma lacuna importante no campo científico do país. "Muito se fala em fuga de cérebros, na necessidade de investimento nos pesquisadores em início de carreira, mas não se sabe muito bem quais são os principais gargalos e necessidades que eles enfrentam. Por isso, essa pesquisa é única e importante para que nosso país consiga fixar e incentivar os cientistas em início de carreira", analisa.