Universidades paulistas articulam rede para aprimorar políticas de saúde mental

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O aperfeiçoamento de políticas de saúde mental está unindo as universidades públicas paulistas em mais uma parceria. Em reunião ocorrida nesta quinta-feira (22) na Unicamp, representantes das reitorias e dos órgãos ligados à saúde das instituições começaram a trocar experiências e a pensar em estratégias em conjunto para fortalecer o bem-estar da comunidade acadêmica. Após um diagnóstico das ações desenvolvidas nas universidades, elas irão realizar um workshop de formação e de troca de experiências e criar um observatório de saúde mental.

“Essa é uma proposta inovadora. As universidades têm um papel de fortalecimento do bem-estar das pessoas e há um dever com a sociedade de proporcionar ações em diferentes áreas. Podemos contribuir para o conhecimento, para a redução de preconceitos, para a prevenção e servir de exemplo para a sociedade”, afirma a coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti.

A coordenadora geral da Unicamp, professora Maria Luiza Moretti: importância de desenvolver ações em conjunto
A coordenadora-geral da Unicamp, professora Maria Luiza Moretti: importância de desenvolver ações em conjunto

A professora conta que a ideia surgiu durante uma reunião com a vice-reitora da USP, Maria Arminda, em que elas avaliaram a importância de desenvolver ações em conjunto. “O primeiro tema escolhido foram as condições de bem-estar, a saúde mental e integral de alunos, professores e funcionários. A ideia foi evoluindo, tomando corpo, e fizemos essa reunião, que é inédita, entre as universidades públicas do estado de São Paulo”, conta.

Até o workshop, que será no dia 7 de dezembro na Unicamp, as universidades trabalharão em um levantamento sobre as políticas voltadas à saúde mental em cada instituição.

Troca de experiências 

Conforme a psiquiatra chefe do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Medicina (FCM) da Unicamp, Eloísa Celeri, cada universidade possui políticas próprias em saúde mental, e a ideia é trocar experiências e aperfeiçoá-las. “Todos temos iniciativas e todas as universidades estão interessadas em desenvolver políticas de saúde mental para atendimento de estudantes, funcionários e docentes. Sabemos que isso se tornou ainda mais importante no pós-pandemia.”

A professora ressalta que a iniciativa dirige-se ao bem-estar de toda a comunidade acadêmica. “Com o observatório, poderemos desenvolver pesquisas e obter dados que nos ajudem a pensar na criação de políticas de saúde para todos, não só para quem tem transtornos mentais, mas para que tornemos a universidade um ambiente mais saudável de uma forma geral”.

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Instituições começaram a trocar experiências e a pensar em estratégias em conjunto para fortalecer o bem-estar da comunidade acadêmica

Presente na reunião, a reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Ana Beatriz de Oliveira, conta que lá está em curso a implantação de uma Política de Saúde Mental e de uma proposta de Política para Prevenção, Redução e Mitigação de Danos da Violência. Para ela, o trabalho com as outras universidades ajudará a enfrentar os desafios.

“A pandemia e a condição socioeconômica do país expuseram e agravaram fragilidades que envolvem a saúde mental da nossa comunidade, e esse não é um cenário isolado da universidade ou da UFSCar. Assim, é oportuno que trabalhemos em conjunto para trocarmos experiências e avançarmos em questões que ainda nos desafiam. A UFSCar está bastante otimista com esse trabalho que se inicia e que certamente renderá bons frutos.”

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Workshop será no dia 7 de dezembro na Unicamp; instituições farão levantamento das políticas voltadas à saúde mental

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004