O Museu de Diversidade Biológica (MDBio) da Unicamp foi inaugurado nesta sexta-feira (23). O MDBio reúne mais de 1 milhão de itens de coleções de botânica e de zoologia. Animais e plantas de todos os biomas do país podem ser encontrados no prédio do Museu, localizado no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. As pesquisas desenvolvidas que tem como objeto as coleções mantidas no MDBio já estão sendo realizadas no novo espaço. Quanto à visitação ao público o agendamento será aberto para grupos e escolas a partir do próximo ano.
“O MDBio tem como propósito reunir coleções zoológicas e botânicas de amplo escopo geográfico e taxonômico e se fortalecer como instituição dedicada às atividades de pesquisa, ensino e extensão”, aponta a coordenadora da área de Zoologia do Museu, Antonia Cecília Amaral.
A professora explica que o MDBio surgiu da união do Museu de Zoologia, criado em 1992, com o Herbário, de 1974, ambos com coleções de grande importância para o estudo da biodiversidade.
No que se refere à coleção de zoologia, Amaral destaca sua riqueza. “Temos uma coleção animal que abrange desde espécies de milímetros até animais de maior porte, com coleções de todas as regiões do país e também procedentes do exterior. São mais de 1 milhão de exemplares e cerca de 400 mil são espécies marinhas. Também temos uma grande coleção entomológica, de insetos, coleções de anfíbios e de répteis. Há coleções muito significativas, conservadas e tombadas.”
Além dos animais, há também um acervo em audiovisual, que reúne cerca de 40 mil gravações de sons de espécies.
Com o novo espaço, avalia a coordenadora da área do Herbário, Maria Fernanda Calió, os itens ganham maior visibilidade. “Temos o interesse de atingir outros públicos, não acadêmicos, fazendo atividades para despertar o interesse pelo universo das plantas. Realizamos exposições itinerantes e a ideia é que montemos uma exposição didática para que as pessoas possam aprender sobre plantas em um contexto não formal.”
Calió também frisa que o herbário, assim como a coleção de zoologia, é o segundo maior do estado de São Paulo. “Ele tem uma coleção que cresceu muito num intervalo de tempo muito curto. Utilizamos essa coleção para o ensino e para a pesquisa e essa é uma coleção muito representativa do estado de São Paulo, além de ser representativa de outros lugares do Brasil.”
Todos esses itens estarão agora em um lugar seguro, pontua o diretor do IB, André Freitas, para quem a criação do MDBio é uma conquista coletiva. “O prédio foi projetado para manter tudo isso para a posteridade. [...] Tanto na parte botânica como na zoológica, estamos falando da manutenção em um local adequado, com condições de receber pessoas e levar conhecimento para a sociedade”.
Estreitando relações com a sociedade
Presentes na cerimônia de inauguração, o reitor e a coordenadora-geral da Unicamp, Antonio José Meirelles e Maria Luiza Moretti, respectivamente, destacaram o interesse que o Museu desperta não só entre a comunidade acadêmica, mas também no público externo.
“Cada vez mais a universidade tem que estar presente na sociedade. [As visitações] trazem a ciência para as crianças e os jovens, despertando a vontade do estudo, a valorização do ensino e do conhecimento”, disse a coordenadora-geral.
O reitor frisou o papel do Museu em todas as frentes de atuação da Unicamp: pesquisa, ensino e extensão. “Esse tipo de perspectiva da universidade deve contaminar as nossas atividades. Sermos capazes, enquanto docentes, funcionários e alunos, enquanto equipe, de desenvolver atividades que atuem nessas várias facetas fortalece a nossa universidade, gerando um conhecimento melhor e conquistando uma relação mais sólida com a sociedade.”
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