Depois de realizado de forma virtual no ano passado por conta da pandemia, a 5ª edição do Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes de Graduação da Unicamp (PAPE-G) irá começar nesta quinta-feira (20) no formato presencial e se estenderá até o dia 21 (sexta-feira), com a realização de conferências, mesas redondas, apresentação de trabalhos de bolsistas e exibição de pôsteres. O congresso conta com 1500 inscritos entre professores, pesquisadores, funcionários, estudantes e os profissionais de serviços de apoio ao estudante.
Nesta edição, o Congresso fez uma parceria com um grupo da Unifesp que realiza um encontro de profissionais atuantes em serviços de apoio ao estudante, num evento denominado Seminário Internacional de Serviços de Apoio aos Estudantes (SISAE). Por conta disso, além dos projetos ligados às bolsas de permanência da Unicamp, o congresso recebeu trabalhos de profissionais que atuam em universidades de todo o país na permanência estudantil.
O congresso terá início às 9 horas e contará, pela manhã, com uma conferência conduzida pela professora Helena Sampaio, da Unicamp, em que especialistas irão debater os 10 anos da Lei de Cotas – que, neste ano, deveria ser submetida a uma avaliação no Congresso Nacional, o que não ocorreu. Desta conferência, participam também as professoras Márcia Lima (Universidade de São Paulo), Rosana Heringer (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Dyane Reis (Universidade Federal do Recôncavo Baiano).
No período da tarde, a partir das 14 horas, uma mesa redonda terá como tema as Políticas de Inclusão e Permanência Estudantil na América Latina, com a participação de professores do Chile e do Peru.
Confira a programação completa
O debate sobre a permanência frente à diversidade discente, além de apresentações e exibições de pôsteres de trabalhos executados por bolsistas encerram as atividades do Congresso. Um desses trabalhos é o realizado pela bolsista Renata Alves, sob orientação da jornalista Juliana Franco, que trata da produção musical na Rádio e TV Unicamp.
Segundo Juliana, o projeto teve como objetivo contar com a colaboração de estudantes dos anos finais dos cursos de Música ou Midialogia do Instituto de Artes (IA) em atividades de produção musical, envolvendo os diferentes programas da Rádio e TV Unicamp.
A colaboração se deu na produção de vinhetas, sonorização de reportagens e, principalmente, na organização de playlists para a programação ao vivo da Rádio Unicamp (streaming), com foco na valorização e divulgação dos compositores, cantores, instrumentistas e grupos musicais da Universidade.
Foram reunidas ao menos três horas de músicas de artistas e grupos da Unicamp, que vêm sendo veiculadas diariamente na programação ao vivo da Rádio Unicamp, em três horários: 9h, 12h30 e 18h.
Também será apresentado no Congresso o projeto “Cadastro dos Programas de Rádio da Secretaria Executiva de Comunicação”, que tem a orientação da supervisora do Arquivo da SEC, Maria Cristina Ferraz de Toledo.
O bolsista SAE/Auxílio Social João Luis Ronqui Pelatti fez o cadastro dos programas produzidos pela Rádio Unicamp no sistema de cadastro do Arquivo da SEC. O projeto deverá melhorar a preservação do acervo da Secretaria.
Veja a lista completa dos trabalhos a serem apresentados.
A programação do dia 20 ocorrerá no Auditório da Faculdade de Ciências Médicas. No dia 21, pela manhã, no Auditório Raízes, do Ciclo Básico; à tarde, no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp.
A coordenadora do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), Mariana Nery, diz que as atividades também pretendem refletir sobre a relação do pessoal que atua junto aos alunos. “Na verdade, o intuito é a troca de experiências entre os profissionais de todo o país, para conhecer as práticas utilizadas e para refletirmos sobre as nossas próprias práticas. A Unicamp é referência nacional na permanência estudantil, e anualmente recebemos várias instituições para conhecer nossa estrutura”, diz ela. A coordenadora lembra que a Unicamp destinou para o orçamento de permanência, neste ano de 2022, recursos da ordem de R$ 101,4 milhões. No ano passado, esses investimentos foram de R$ 77,5 milhões.
Segundo números do SAE, até o momento, foram atendidos 4.039 estudantes com os apoios sociais da universidade. Mariana Nery diz ainda que existe um grupo de trabalho, estabelecido pela Pró-Reitoria de Graduação, que estuda as políticas de apoio aos estudantes em condição de refúgio.
O programa de bolsas
O programa de bolsas é uma importante face da política de permanência e sucesso estudantil na Unicamp. As bolsas sociais visam a apoiar a permanência e a contribuir para a qualidade da formação de estudantes em seu primeiro curso de graduação.
As bolsas de permanência são oferecidas na universidade a partir de critérios socioeconômicos e acadêmicos.
Há sete modalidades de bolsa: Bolsa Auxílio-Social (BAS), Bolsa Auxílio-Estudo e Formação (BAEF), Bolsa Aluno-Artista (BAA), Bolsa Auxílio-Moradia, Bolsa Auxílio-Instalação (BAI), Bolsa Auxílio Transporte (BAT) e Bolsa Emergência. Além disso, há, ainda, o Programa de Moradia Estudantil (PME) e do Benefício de Isenção da Taxa de Alimentação (BITA).
Bolsas sociais e as políticas de permanência
O 5o Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes de Graduação da Unicamp (PAPE-G) será realizado em conjunto com o II Seminário Internacional de Serviços de Apoio aos Estudantes (SISAE) do LAPES/Unifesp.
A iniciativa conjunta da Unicamp e da Unifesp tem como objetivo divulgar e fomentar a reflexão e a construção de conhecimento em torno dos projetos institucionais ligados às bolsas sociais e às políticas de permanência estudantil.
O evento visa oferecer uma oportunidade de aprimorar a formação dos estudantes e proporcionar um espaço de reflexão para formação de profissionais que atuam junto a estudantes de todo o país.