Os reitores Antonio José de Almeida Meirelles, da Unicamp, e Hidelbrando Soares, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), iniciaram na última sexta-feira (21) conversações para a implementação de convênios entre as duas instituições.
Soares informou que a UECE tem interesse em estabelecer programas de cooperação técnico-científica em três áreas. A primeira seria o setor de segurança universitária. O reitor da UECE quis conhecer o serviço oferecido pela Secretaria de Vivência do Campus (SVC) e que prevê, entre outras coisas, um sistema de segurança sem uso de armas.
Hidelbrando Soares também quis saber como se deu o processo de instalação da Agência de Inovação Inova Unicamp e manifestou interesse na adoção do mesmo modelo na UECE. Além disso, revelou que pretende preparar a universidade cearense para a instalação de um complexo de laboratório de microscopia avançada. “Queremos conhecer a experiência da Unicamp na Central Analítica, que muito nos interessa. A área de biotecnologia e biomedicina são áreas muito fortes da Unicamp”, afirmou.
A UECE tem cerca de 24 mil alunos, entre graduação e pós-graduação. Foi fundada há 47 anos e conta com 13 campi instalados ao longo desse período, a maioria no interior do Estado. Três novos campi serão abertos em 2023. “Nós temos uma relação platônica com a Unicamp. Na verdade, o nosso sonho sempre foi ser a Unicamp do semiárido”, comentou.
O reitor da Unicamp, por sua vez, disse estar convencido de que convênios compartilhados com instituições de outros Estados têm grande potencial de impacto junto à sociedade. “Por isso, nós temos muito desejo em realizar convênios. E queremos muito essa parceria”, disse Meirelles.
Secretaria de Vivência do Campus
A visita contou ainda com a participação dos professores da UECE Glauciria Brasil e Giovanni Jacó. Pela Unicamp, participaram do encontro a coordenadora da SVC, Susana Durão, e membros da Administração Central.
A coordenadora informou aos visitantes que o sistema de segurança universitária adotado na Unicamp é um modelo preventivo. “Montamos um modelo de segurança todo desarmado. Os nossos agentes não usam armas letais, nem as não letais, porque a nossa preocupação é criar um sistema que privilegie a prevenção. E, até agora, pelo balanço que temos feito, podemos dizer que está dando certo”, disse a coordenadora.
Susana Durão explicou ainda que o sistema de monitoramento por câmeras está em fase de transição do analógico para o digital. “A segurança universitária é completamente diferente da segurança tradicional, aquela feita em bancos, shoppings ou condomínios, por exemplo. Aqui se lida com um público heterogêneo e exigente”, avalia ela. A Unicamp conta hoje com 600 agentes, que atuam na vigilância e nas portarias.
O modelo prevê ainda o Conselho de Vivência Universitária, responsável pelos projetos estratégicos de vivência – uma instância que discute a implantação de programas de bem-estar da comunidade e a ocupação dos espaços públicos.