Seabra assume a direção do Cotuca até 2026

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O professor Luiz Seabra Junior assumiu, na tarde de terça-feira (1), a direção do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) da Unicamp, para o quadriênio 2022-2026. Ele vai substituir a professora Vanessa Petrilli Bavaresco, que estava à frente do Colégio desde 2018. Cintia Kimie Aihara Nicoletti passa a responder pelo cargo de diretora associada, em substituição a Lúcia de Matos Pires Gomes.

A cerimônia de posse dos novos diretores contou com a presença do reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e do pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Fernando Sarti, entre outras autoridades. Seabra fez um discurso emocionado e lembrou que sua ligação com a Educação Física vem desde a infância.

“Nasci e fui criado no meio do esporte. Morávamos embaixo de uma arquibancada de um estádio de futebol no velho estádio da Mogiana – um clube de futebol de Campinas entre as décadas de 1930 e 1960”, relembrou.

Luiz Seabra Júnior disse em seu discurso de posse que nasceu e foi criado no meio do esporte
Luiz Seabra Júnior disse em seu discurso de posse que nasceu e foi criado em uma residência embaixo do estádio de futebol da Mogiana 

Depois de estudar no Colégio Técnico Bento Quirino, decidiu voltar-se inteiramente à Educação Física, contrariando a vontade dos pais, que o queriam dedicado a uma formação técnica. “Fui para o Bento Quirino porque não passei no Cotuca”, brincou.

A graduação foi concluída na PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) e o mestrado e doutorado foram realizados na Unicamp. “Concluí minha graduação em 1981 e, 41 anos depois, aqui estou eu”, disse ele, referindo-se ao novo cargo. “Inicio hoje novos traços neste caderno chamado vida. Ser eleito para tão relevante e desafiadora função, 14 anos depois de ter entrado no quadro de docentes do Cotuca, constitui um motivo de honra, alegria e de grande responsabilidade”, declarou.

Vanessa Petrilli Bavaresco disse que chega ao final de sua gestão com a sensação de dever cumprido. “Estou com o coração leve, por ter a certeza de ter feito meu melhor”, disse ela ao agradecer a colegas e funcionários do Colégio. A professora lembrou que sua gestão foi marcada por dois grandes acontecimentos. O primeiro foi a pandemia do coronavírus e o segundo, a mudança do Colégio para a realização de uma reforma no prédio original.

“Nós montamos uma nova escola”, disse ela, sobre o processo de restauro do prédio do Cotuca. O retorno às atividades presenciais no prédio da Rua Culto à Ciência foi viabilizado após a reforma do local, realizada a partir de uma parceria entre a Unicamp e a Campinas Decor.

Em 2014, a comunidade do Cotuca precisou deixar o espaço devido a problemas estruturais no prédio. Em 2020, teve início a reforma do local pela Campinas Decor, que assumiu os encargos financeiros envolvidos no restauro. Localizada na região central de Campinas, a escola faz parte do chamado “Complexo Bento Quirino”, concluído em 1918 pelo engenheiro e arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Na época, a construção foi realizada com a recomendação de que ali funcionasse um colégio técnico, conforme testamento do vereador abolicionista Bento Quirino dos Santos, falecido em 1915. Em 1967 o Cotuca foi fundado e passou a funcionar nas instalações.

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Durante a cerimônia a história do Cotuca foi relembrada: o “Complexo Bento Quirino”, concluído em 1918 pelo engenheiro e arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo; em 1967 o Cotuca passou a funcionar nas instalações

O reitor da Unicamp, Antonio Meirelles, agradeceu a gestão de Vanessa Petrilli e desejou boa sorte a Seabra. “Temos enorme orgulho dos nossos colégios técnicos”, disse ele. O reitor lembrou que o Cotuca optou pela adoção do sistema de cotas e reforçou o caráter inclusivo da instituição. Para o reitor, o Cotuca também já se prepara para o futuro, ao lançar a partir do ano que vem um curso novo – que vai tratar de Manufatura Avançada e Indústria 4.0. O curso é voltado para quem já concluiu ou está cursando o Ensino Médio.

Para o reitor, nenhum país atingiu o desenvolvimento sem que tivesse se preocupado com uma educação forte, sem dar apoio a professores e pesquisadores e sem a produção de conhecimento, tecnologia e inovação.

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Luiz Seabra Junior cursou Educação Física na PUC-Campinas e fez mestrado e doutorado na Unicamp

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