O Comitê Científico de Contingenciamento do Coronavírus na Unicamp determinou nesta quinta-feira (10) o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados da universidade. A medida passa a valer a partir da sexta-feira (11) e inclui locais como salas de aula, bibliotecas, laboratórios, restaurantes universitários e outros ambientes que não sejam ao ar livre. Também passa a ser obrigatória a vacinação com a primeira e a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19. As medidas foram tomadas devido ao aumento recente no número de casos registrados no país.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo apontam um aumento de 56% nas internações por covid-19 em UTIs e de 49,9% em enfermarias em todo o estado. O aumento de casos tem reflexos na comunidade interna da Unicamp: nas duas primeiras semanas de novembro, o número de casos positivos de covid-19 detectados pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) saltaram de 17 para 281. No Hospital de Clínicas (HC), o aumento dos casos ainda não se reflete no número de internações. Segundo informações da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HC, até o fechamento desta reportagem, a unidade tinha apenas dois pacientes internados com covid-19.
Segundo a coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, o uso obrigatório de máscaras em locais fechados é uma medida que garante a proteção da comunidade universitária e a manutenção das atividades. “Alguns estudos, feitos nos Estados Unidos, mostraram que escolas que mantiveram o uso de máscaras, apesar da diminuição expressiva no número de casos, tiveram muito menos casos em comparação às escolas que afrouxaram as medidas de controle. Tomamos então essa decisão para reduzir a transmissão do vírus”, explica a coordenadora-geral.
Além do uso de máscaras, Maria Luiza orienta à comunidade que evite aglomerações. “Toda vez em que as pessoas se aglomeram, independente das causas, há a possibilidade de aumento no número de casos. O vírus Sars-CoV-2 não tem um hospedeiro intermediário, ele precisa de gente. Onde há aglomeração, ele consegue se disseminar, por isso ele sobrevive”. Ela reforça que é importante optar por máscaras do tipo cirúrgica ou PFF2.
Reforço vacinal obrigatório
Outra medida adotada para conter o avanço da covid-19 é a obrigatoriedade do esquema vacinal completo, incluindo a primeira e segunda dose de reforço disponíveis para maiores de 18 anos. Até então, a universidade exigia apenas as duas primeiras doses ou dose única da vacina. Professores, funcionários e estudantes podem atualizar seu esquema vacinal no Cecom, que oferece a imunização das 8h30 às 17h30 mediante agendamento no site.
Os comprovantes das doses de reforço devem ser incluídos nos sistemas da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), da Diretoria Acadêmica (DAC) ou no site da Funcamp. A vacinação completa com as doses de reforço será obrigatória para as matrículas do primeiro semestre de 2023. As empresas terceirizadas que prestam serviços para a universidade serão orientadas a exigirem a vacinação completa de seus funcionários.
O Comitê ainda recomenda que a comunidade universitária mantenha a higiene constante das mãos com água e sabão ou álcool 70%, que as refeições nos restaurantes universitários sejam mais rápidas, evitando-se conversas no ambiente interno, e que sejam evitadas as aglomerações nos espaços da universidade.
A universidade esclarece que, mesmo com as medidas adotadas, aulas e demais atividades acadêmicas continuam presenciais. No caso de professores e/ou estudantes que precisem se afastar por suspeita ou confirmação da covid-19, eles podem contar com o auxílio dos robôs educacionais EduCart.
Orientações para casos específicos podem ser obtidas pelos canais de comunicação do Comitê Científico, pelo e-mail retomada@unicamp.br ou pelo telefone (19) 3521-5180.
Leia mais:
Nota informativa do Comitê Científico de Contingenciamento do Coronavírus na Unicamp