SBU assina três novas bases de dados e adquire e-books dos principais editores científicos do mundo

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A Unicamp acaba de fazer a assinatura de três importantes bases de dados, que deverão promover um salto na capacidade de busca da produção científica na universidade. O Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU) passou a assinar as bases de dados Dimensions Analytics, Overton e Orbis. Além disso, adquiriu e-books dos principais editores científicos do mundo, como Springer, Wiley, Elsevier, Taylor and Francis, Sage, Cambridge e Oxford, numa ação que deverá ampliar de forma significativa a capacidade de oferta de conteúdos de qualidade para a comunidade da Unicamp.

A base de dados da Dimensions deverá otimizar e ampliar a capacidade de procura por diferentes tipos de conteúdo de pesquisa do mundo, como artigos científicos, datasets, ensaios clínicos, documentos de políticas públicas etc., além de permitir o aprofundamento nas análises de dados da universidade com seus pares, bem como acompanhar o desempenho da pesquisa da Unicamp em todas as áreas do conhecimento.

O diretor do SBU Oscar Eliel (à esquerda) e o diretor adjunto Márcio Souza Martins: uso de bases de dados para avaliar a produção científica da Universidade 
O diretor do SBU Oscar Eliel (à esquerda) e o diretor adjunto Márcio Souza Martins: uso de bases de dados para avaliar a produção científica da Universidade 

De acordo com o diretor adjunto do SBU, Márcio Souza Martins, a ferramenta permite abordagens específicas de dados, em que se pode medir, por exemplo, o impacto de uma pesquisa, de um pesquisador ou grupo de pesquisadores, identificar colaborações internacionais, entre outras interações.

Permite, também, obter indicadores altmétricos, que são complementares aos indicadores bibliométricos tradicionais e que têm ganhado cada vez mais importância. Os indicadores altmétricos medem a visibilidade e o impacto de uma pesquisa na Internet, como em redes sociais, gerenciadores de referências bibliográficas, blogs ou veículos de comunicação.

Segundo ele, existem hoje três bases de dados principais de produção científica e que oferecem indicadores bibliométricos: a Web of Science, a Scopus e Dimensions. O grande diferencial desta última é que ela recupera as publicações científicas e tecnológicas que possuem o chamado DOI (Digital Object Identifier) – um padrão de identificação persistente de objetos (documentos) em redes digitais. Por conta disso, ela tem uma cobertura muito maior que as outras duas e possibilita uma maior recuperação de documentos.

“Teremos uma nova ferramenta, que irá oferecer outros tipos de indicadores e possibilitar uma análise mais holística da produção científica da Unicamp”, explica ele. “Poderemos comparar nossa produção com outras instituições do Brasil e de outros países e identificar em que área estamos bem, o que precisamos melhorar ou prospectar novas colaborações internacionais”, acrescenta. “São muitas vantagens”, define.

O diretor do SBU, Oscar Eliel, afirma que cada vez mais a Unicamp faz uso dessas bases de dados para avaliar a produção científica da Universidade. “Conseguiremos recuperar a produção científica da universidade e extrair metadados, até mesmo para que possamos alimentar o nosso Repositório Institucional. Além disso, saberemos qual o estado da arte em determinada área do conhecimento; quais os temas mais trabalhados, quais os temas de fronteira, enfim, medir o impacto da produção da universidade”, diz.

Além da Dimensions, a Unicamp assinou também a base de dados Overton, que é especializada no armazenamento de informações sobre políticas públicas e que disponibiliza a maior coleção de documentos políticos do mundo, como transcrições parlamentares, documentos de trabalho do Banco Central e relatórios de Organizações Não Governamentais.

A Orbis – a terceira assinatura – abrange dados sobre o setor de negócios, trazendo informações estratégicas sobre a estrutura das corporações e do universo de negócios, muito utilizadas em pesquisas do Instituto de Economia, por exemplo.

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Mais de 500 mil títulos dos principais editores científicos para a coleção de E-books do SBU

Aquisição baseada em evidências

O SBU decidiu ainda ampliar a coleção de e-books, que hoje chega a mais de 500 mil títulos. Márcio de Souza Martins explica que a ampliação da coleção foi realizada com os principais editores científicos do mundo, e a aquisição foi baseada no modelo de negócio que tecnicamente é chamado de “Aquisição Baseada em Evidências” – em que a Universidade realiza o pagamento de uma assinatura anual, e o valor investido é, ao final de um ano, convertido em aquisição perpétua.

Martins diz que há muitas vantagens no modelo. “A partir do pagamento inicial, o editor disponibiliza uma coleção muito grande de e-books e, ao final de um ano, a partir de dados estatísticos e demandas dos próprios professores e pesquisadores, a gente faz a seleção dos títulos, de acordo com o valor que foi investido 12 meses antes”, diz ele.

Para a tomada de decisão sobre a compra definitiva, o SBU leva em conta três critérios fundamentais: os títulos indicados nas bibliografias básicas dos cursos de pós-graduação; a indicação do corpo docente, pesquisadores e bibliotecários; e a estatística de uso. O diretor do SBU, Oscar Eliel, diz que a procura por publicações digitais cresceu na pandemia, daí a necessidade de ampliação do acervo.

Como acessar 

O acesso às bases Dimensions e Overton é por meio dos IPs da Universidade ou pelo VPN. Já o acesso à Orbis é através de login e senha para 20 usuários do Instituto de Economia.  

Os links para as bases são:

Dimensions

Overton 

Orbis 

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Novas aquisições permitem o aprofundamento nas análises de dados da universidade com seus pares

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004