Mutirão de diagnóstico de câncer de pele acontece no sábado (3) no Hospital Mário Gatti

A disciplina de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, responsável pelo ambulatório de Dermatologia do Hospital de Clínicas da Unicamp, promove neste sábado (3), em parceria com a Prefeitura de Campinas e com o Hospital Mário Gatti, o mutirão de prevenção e diagnóstico de câncer da pele – “Dezembro Laranja”. A atividade é aberta ao público em geral e o atendimento será das 9h às 15h, no ambulatório de Dermatologia do Hospital Mário Gatti.

A campanha desta edição ganhou o slogan: “Não espere até sentir na pele”. A parceria é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com vários serviços de dermatologia credenciados no país. A campanha “Dezembro Laranja” é promovida desde 1999, com uma série de iniciativas de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, incluindo a importância da fotoproteção em suas diferentes formas com o objetivo de reduzir as chances de desenvolver esse tipo de câncer.

De acordo com a dermatologista da FCM Andréa Fernandes Eloy da Costa França, coordenadora da campanha, a última ação presencial dessa campanha ocorreu em 2019 e a parceria da SBD com a Unicamp, desde a sua criação, já atendeu milhares de pessoas. Na campanha, para que um paciente seja atendido, não há necessidade de encaminhamento ou agendamento prévio.

O câncer de pele é o tipo mais frequente no mundo. “O câncer de pele é uma alteração da pele, ou seja, a pele é modificada por conta de efeitos nocivos, principalmente da exposição solar. Quando há uma modificação da célula saudável, inicia-se uma proliferação exagerada e anormal [de células adulteradas]”, explica França.

A médica da Unicamp reforça que o evento será uma oportunidade para a população cuidar da pele. “A grande importância disso para a população de uma forma geral é que o câncer de pele, quando detectado precocemente, tem um dos maiores índices de cura existentes. Para os casos em que houver identificação de lesões suspeitas, o paciente será encaminhado para tratamento imediatamente”, afirma a dermatologista.

Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, pessoas com a pele clara, sardas e cabelos e olhos claros. “É muito importante que o paciente observe se existem alterações em sua pele, principalmente lesões em geral assimétricas, que podem formar uma ferida ou úlcera central, que apresentam coceira, que sangram facilmente e que nunca cicatrizam”, ressalta França.

As orientações para a prevenção da doença incluem evitar a exposição excessiva e sem proteção à radiação ultravioleta do Sol, principalmente no período entre 10h e 16h. No caso de exposição ao Sol, recomenda-se o uso de chapéus e protetor solar, que deve ser reaplicado a cada duas horas e com fator de proteção solar de no mínimo 30.

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números de incidência são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com o tipo de célula afetada, são definidos os diferentes tipos de câncer.

O câncer de pele apresenta diferentes modalidades, como o carcinoma basocelular, o mais frequente, que corresponde a 70% da incidência registrada. Esse tipo de câncer está diretamente ligado à exposição aos raios ultravioleta acumulada durante a vida. Assim, é comum seu surgimento se dar após os 40 anos de idade do paciente. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Surge com frequência em regiões mais expostas ao Sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Pode se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente.

O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao Sol. É duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Além da exposição prolongada e sem proteção ao Sol, o tabagismo também é um fator que contribui para o surgimento desse tipo de câncer.

O tipo mais letal e agressivo é o melanoma – 8.400 casos anualmente no Brasil –, cujo diagnóstico e tratamento precoce são determinantes para a cura (em 90% dos casos). Quando não tratado, esse tipo de câncer pode levar à morte. É o menos frequente dentre todos os cânceres da pele. Os principais sintomas são o crescimento de manchas na pele, com aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida; o surgimento de uma pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; ou ainda, uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Serviço:

Campanha contra o Câncer de Pele – Informações sobre a doença e exames gratuitos da pele

Dia: 3 de dezembro (sábado)

Local: Ambulatório de Dermatologia do Hospital Municipal Mário Gatti; Av. Pref. Faria Lima, 340 – Parque Itália, Campinas – SP

Horário: 9h às 15h

Matéria publicada originalmente no site do HC da Unicamp.

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004