Pela segunda vez em pouco mais de um mês, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) se reuniu com representantes do chamado Fórum das Seis – o grupo de entidades representativas de docentes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Da pauta da reunião, realizada no dia 25 deste mês, constaram assuntos relativos à campanha salarial dos servidores e à troca de informações entre as três universidades. O Cruesp é presidido, neste momento, pelo reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles.
Secretário executivo do Conselho, o professor da Unicamp Paulo César Montagner coordenou a reunião, que foi marcada depois de um pedido dos integrantes do Fórum. Além de representantes do Conselho – entre eles os chefes de gabinete das três universidades – estiveram presentes, na reunião, delegados das entidades de representação dos servidores e técnicos, num total de 24 pessoas.
“As partes concordaram em iniciar, no final de janeiro, um ciclo de reuniões nos meses de janeiro, fevereiro e março para que, ao chegar na data-base – no final de abril, início de maio –, a gente já tenha trocado informações e apontamentos e tenha analisado as planilhas. Essa reunião serviu para definir de que forma as informações técnicas vão chegar aos dois lados para que se possa começar a conversar em cima de dados concretos”, disse Montagner.
Segundo ele, a próxima reunião foi marcada para o final de janeiro por uma questão técnica. “É que as informações sobre o fechamento do ano de 2022 só chegam por volta do dia 20 de janeiro [de 2023]”, explicou. “As reuniões seguintes devem ocorrer em meados de fevereiro e em meados de março”, acredita o secretário.
Montagner disse que, ao longo do mês de dezembro, os técnicos das três universidades vão desenvolver um sistema de padronização das informações a serem enviadas para os técnicos do Fórum.
“O problema é que cada unidade tem sua forma de fazer, então decidimos fazer um modelo padronizado, que facilite a leitura dos dados na sua totalidade”, explicou. Nesse caso, haverá disponibilização de dados referentes ao orçamento – como gastos com a folha, empenhos, previsão para o ano de 2023, entre outros itens.
O secretário executivo disse que as reuniões do início do ano poderão ser feitas já com informações novas, relativas, por exemplo, ao impacto na folha de pagamentos da entrada de servidores que ingressaram por concurso público, às movimentações referentes a promoções nas carreiras ocorridas ao longo do ano ou à mudança de status de professores e de livre docentes.
Daí, segundo ele, a necessidade de se esperar um pouco mais até uma nova reunião. Montagner afirmou, no entanto, que o Cruesp tem sinalizado com o compromisso de manter o poder de compra dos salários.
“O Cruesp pensa em buscar mecanismos para manter o poder de compra dos salários e tem dito claramente que há um compromisso em manter o salário do servidor o mais atualizado possível. Logicamente, olhando para o cenário e para as características do sistema público paulista e a arrecadação do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], que também é um fator importante”, disse Montagner.
De acordo com o professor, o mais importante aspecto da reunião é que ficou demonstrada a disposição das partes em conversar. “Sentimos que há muito boa vontade em discutir o assunto”, afirmou ele.