Ouvir o barulho do Ginásio Multidisciplinar da Unicamp (GMU) das primeiras horas do dia até tarde da noite era o desejo do grupo de trabalho que debatia o uso do espaço já há algum tempo. O recente aumento das demandas contribui para pressionar o grupo que, por fim, pode tornar isso possível por meio da ampliação do horário de funcionamento do Ginásio e da definição clara dos critérios de uso. A quadra poliesportiva passou de 555 atividades em 2018 para 751, em 2022, registrando um aumento de mais de 35%. Já o uso de mezaninos de lutas passou de 45 atividades, em 2018, para 742 no ano passado, um aumento de 1.548,9%. Em 2022, o GMU totalizou 1.989 atividades, o que representa um aumento de 46,5% em relação a 2019 e 2018, que tiveram 1355 e 1358 atividades, respectivamente. A expectativa para 2023 é que os números sejam ainda mais expressivos.
O horário do Ginásio disponível para atividades, que antes obedecia ao horário administrativo (entre 8:30 e 17:30), foi estendido das 7 horas à meia-noite. Além disso, os sábados também foram incluídos na grade de horários disponíveis. A ampliação dos horários no período noturno favoreceu especialmente demandas ligadas à Liga das Atléticas da Unicamp (LAU) que puderam agendar seus treinos após os horários de aula.
Outra medida que contribuiu para o melhor aproveitamento do GMU foi a definição de critérios de prioridade para o uso do espaço, explicitados com clareza em todas as chamadas públicas desde então. Eventos internos de relevância institucional, como o PIBIC, e atividades esportivas no geral dividem o primeiro lugar na lista de prioridades. “A grande sacada dessa medida é que ela deixa clara a vocação esportiva do GMU, sem excluir os eventos de relevância institucional e acadêmica", ressaltou Herivelton.
Para Sérgio Settani, coordenador de graduação e extensão da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, o uso do GMU significa oferecer espaços de qualidade para os alunos.
Segundo ele, os critérios de uso estabelecidos procuram atender, além de atividades esportivas, eventos institucionais e acadêmicos, mas ressalta a importância da Universidade de investir em espaços voltados exclusivamente para esta categoria. “Quanto mais espaços nós tivermos, mais demandas irão surgir”, apontou Settani.
De acordo com Herivelton, a definição dos critérios aplicados ao ginásio foi fruto de longos debates e de um entendimento conjunto sobre o papel do GMU na Universidade. “Sempre que saía uma chamada pública, fazíamos uma reunião para avaliar os conflitos decorrentes das solicitações de uso. Com os critérios estabelecidos, os conflitos se resolvem sozinhos", comentou. Assim, a partir dos critérios, foi possível contemplar um arcabouço mais amplo de atividades e de maneira mais eficiente, com considerável diminuição dos pedidos de uso indeferidos. “Quem sabe que não tem prioridade, entende o porquê e busca alternativas”, apontou.
A ampla utilização do Ginásio para os diversos fins foi destacada por Settani como o principal ganho. “O grande ponto é usá-lo. Sou muito favorável a que as pessoas ocupem esses espaços. Espero que esse aumento do uso do GMU e de outros ambientes da universidade tenha vida longa”, enfatizou.
Matéria publicada originalmente no site da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.