Modelo de atendimento de saúde da Unicamp poderá ser replicado na UERJ

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Durante o encontro foi destacado que o Cecom, além das atividades assistenciais, conta com 23 programas e 13 grupos de promoção à saúde

O modelo de atendimento à saúde de servidores e estudantes da Unicamp poderá ser replicado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Uma comitiva da universidade fluminense iniciou, nesta terça-feira (7), uma visita técnica de dois dias ao campus de Barão Geraldo, em Campinas, para conhecer o funcionamento do Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) —  órgão criado há 37 anos na Unicamp e que, hoje, é responsável pela assistência médica e odontológica da comunidade acadêmica, bem como por serviços de fisioterapia, enfermagem e saúde ocupacional.

Além das atividades assistenciais, o Cecom conta com 23 programas e 13 grupos de promoção à saúde. Com 170 funcionários, realiza aproximadamente 160 mil atendimentos por ano. “A Unicamp é uma grande universidade do Brasil, uma das melhores. Sabemos que a Unicamp, já há muito tempo, desenvolve um serviço de assistência e atendimento em saúde para seus funcionários. E esse é um pleito muito antigo da UERJ”, disse o reitor da UERJ, professor Mario Carneiro.

“Entendemos que chegou a hora de enfrentarmos esse desafio. E nada melhor do que vir aqui e aprender com quem já faz isso há muito tempo, oferecendo esse serviço de excelência para seus servidores”, acrescentou. Carneiro diz que a Administração deseja implantar, na UERJ, um modelo semelhante ao adotado em Campinas. “Nosso desejo é que a gente consiga implantar, sim. Tenho certeza de que conseguiremos desenhar um projeto importante para nossos servidores”, afirmou.

O reitor da Unicamp, o professor Antonio José de Almeida Meirelles, lembrou que, muitas vezes, as universidades públicas enfrentam problemas semelhantes, e que a troca de experiências permite um aprimoramento de ações institucionais. “Com esse tipo de troca, podemos acelerar o processo de aprendizado institucional”, avalia Meirelles.

O reitor disse ter ficado orgulhoso em saber que a Unicamp poderá auxiliar a UERJ nesse processo, também porque isso evidencia a consolidação do modelo do Cecom.

“Sem dúvida é motivo de orgulho auxiliar a UERJ nesse programa, mas o que se vê é que nós, como instituição, temos projetos, como esse de atendimento à comunidade, que perpassam várias administrações e que estão sendo permanentemente fortalecidos. Por conta disso, ganham um caráter institucional muito forte”, disse Meirelles.

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Comitiva da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e representantes da área de saúde da Unicamp: modelo de assistência poderá ser replicado

Grupos educativos e preventivos

O grupo visitou instalações do Cecom e conheceu serviços como o de odontologia clínica, que funciona das 7h às19h. Para ser atendido, o usuário deve apresentar o Registro Acadêmico (RA).

Se um funcionário ou estudante apresentar algum problema de saúde que necessite de atendimento rápido, basta procurar o Pronto Atendimento Médico, que funciona de segunda a sexta-feira.

Entre os programas oferecidos pelo Cecom, estão os Grupos Educativos e Preventivos, que reúnem profissionais de diferentes áreas com o objetivo de prevenir o surgimento e o agravamento de doenças crônicas, além de orientar os participantes em situações específicas.

Desde o dia 27 de fevereiro, o Cecom realiza imunização contra a covid-19 utilizando a vacina bivalente da Pfizer. Na primeira fase da campanha, o Centro de Saúde atendeu o grupo prioritário formado por pessoas com mais de 70 anos, imunocomprometidos (pacientes com sistema imunológico comprometido, como soropositivos para HIV, transplantados ou pessoas em tratamento oncológico) e indígenas — contemplando funcionários, docentes e estudantes —, segundo recomendação do Ministério da Saúde.

“O Cecom é uma pérola da Unicamp. E é orgulho para nós contribuirmos com a UERJ”, disse a coordenadora geral da Unicamp, professora Maria Luiza Moretti. “Tomara que esse primeiro contato possa dar novos frutos em outras áreas, além da saúde”, acrescentou ela.

“Estamos muito felizes. Para nós, é uma grande satisfação participar desse processo da UERJ. Esse tipo de iniciativa, aliás, faz parte da nossa missão e da nossa visão”, disse a coordenadora do Cecom, Rôse Trevisane, referindo-se à proposta original do órgão ser um organismo mulprofissional e interdisciplinar qualificado, reconhecido pela sociedade e de referência nacional.

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O Cecom é responsável pela assistência médica e odontológica da comunidade acadêmica, bem como por serviços de fisioterapia, enfermagem e saúde ocupacional

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004