O laboratório do Viva Bem – Projeto de Inteligência Artificial para Saúde e Bem-Estar, lançado a partir de uma parceria da Unicamp com a Samsung e o Instituto SiDi, abriu suas portas oficialmente nesta quarta-feira (30). Instalado no Instituto de Computação (IC) da Unicamp, o espaço é a mais nova conquista de um hub que reúne inteligência artificial (IA), biotecnologia, nanotecnologia, robótica e internet a fim de pensar soluções para as áreas da saúde e do bem-estar. Sua inauguração contou com as presenças de Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Universidade, Eduardo Conejo, gerente sênior de inovação da Samsung, e Carlos Américo Pacheco, diretor presidente do conselho técnico-administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Também participou do evento o coordenador do projeto, professor Anderson Rocha.
Fruto de uma década de parcerias com a Samsung, o Viva Bem reúne pesquisadores de cinco unidades da Unicamp: o Instituto de Física Gleb Wataghin, a Faculdade de Educação Física, a Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação e a Faculdade de Ciências Médicas, além do próprio IC. Para o reitor, a colaboração entre diferentes áreas favorece a inovação. “É muito positivo ver tantas unidades em um projeto dessa envergadura. Precisamos que nosso conhecimento gere impacto na sociedade, na vida das pessoas”, observa.
O objetivo da parceria é desenvolver tecnologias que possam auxiliar na investigação de problemas de saúde por meio da captação de biossinais – como batimentos cardíacos, informações cerebrais, tremores e perda de massa muscular – a serem analisados pela IA. Os focos das pesquisas abrangem de doenças como hipertensão, diabetes e Parkinson a ansiedade, desordens do sono e perda de massa muscular, lista Anderson Rocha. “Nós queremos contribuir para a identificação de padrões que possibilitem uma mudança de perspectiva na saúde, antecipando algumas previsões. Para que a nossa atuação seja mais proativa, e menos reativa”, explica.
Rocha acredita que a junção de recursos públicos e privados, além de viabilizar a retenção de recursos humanos em uma época de alta competitividade no mercado de trabalho, facilita a pesquisa focada em desenvolvimento de tecnologias. “Já temos alguns resultados interessantes, que podem vir a se tornar produtos do nosso parceiro”, revela.
Construído a toque de caixa, o laboratório do Viva Bem levou dez meses para ficar pronto. A instalação conta com postos para 47 pesquisadores, entre mestrandos, doutorandos, pós-doutorandos, docentes e graduandos, trabalharem diariamente e conta também com uma sala de reuniões para até dez pessoas. O projeto foi financiado com recursos da Samsung, do IC e da Reitoria da Unicamp. No total, o hub conta com 60 pesquisadores.
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