A Unicamp deu início à maior reformulação do sistema de serviços de restaurantes, cantinas e feirinhas da sua história recente. O projeto começa a ser implantado neste primeiro semestre e prevê a instalação de 13 novos restaurantes e cafés, que funcionarão em contêineres padronizados distribuídos em pontos estratégicos dos campi de Barão Geraldo, Limeira e Piracicaba. No novo sistema também está prevista a instalação de máquinas de autosserviço – as chamadas vending machines – em 48 pontos dos três campi, 42 dos quais em Campinas (Barão Geraldo).
O programa de reformulação do sistema – denominado pela Administração de Preac (Projeto Rede de Espaços de Alimentação e Convívio) – inclui, ainda, a reforma e revitalização do espaço de 12 cantinas existentes (muitas desativadas) no campus de Barão Geraldo e a ampliação dos locais reservados para as feiras de artesanato e alimentação. O plano tem um perfil inovador: foi projetado de maneira que qualquer pessoa esteja, no máximo, a 250 metros de distância de um ponto de alimentação.
A expectativa é que as máquinas de autosserviço e os primeiros contêineres de restaurante e café entrem em operação ainda no primeiro semestre deste ano.
O novo conceito de feirinhas visa ampliar o número de barracas – que passarão a ser padronizadas –, melhorar as condições sanitárias e oferecer possibilidades aos feirantes para que o preço do produto final seja mais acessível. Esse processo incluirá a adaptação de certos espaços e resultará na remoção dos camelôs e vendedores ambulantes gerenciados por um convênio com a Setec (Serviços Técnicos Gerais), autarquia que disciplina o uso de solo público em Campinas.
Esses ambulantes operam hoje na área próxima ao Hospital de Clínicas (HC). A Administração busca dar uma nova finalidade para a área, atendendo, assim, a uma necessidade premente na região: a instalação de uma farmácia de alto custo. O plano prevê também uma feirinha a ser instalada em um espaço contíguo ao hospital (acesse formulário para inscrição para nova feira na área de saúde). O modelo será o mesmo adotado nas outras feiras da Universidade.
Contêineres
A Administração diz que optou pelo modelo de contêineres por tendência do mercado. Há um consenso de que o sistema adotado anteriormente tenha atingido o esgotamento, já que, além dos investimentos inerentes ao próprio negócio, o permissionário ainda era obrigado a se responsabilizar pela construção do espaço físico. Com isso, o tempo de retorno do valor investido era longo demais, muitas vezes ultrapassando o período da concessão ou obrigando o permissionário a praticar preços inviáveis. Esse fator, segundo a Administração, afastou potenciais interessados.
De acordo com a Adminstração, os permissionários que não faliam tinham muita dificuldade até mesmo para pagar o aluguel.
A partir de agora, a Universidade ficará incumbida da elaboração do projeto, licitação e instalação dos equipamentos. O comerciante terá uma licença de uso de um local já preparado e o aluguel será revertido para a manutenção do espaço.
A Administração definiu dois modelos de contêineres: o destinado ao restaurante terá 45 m² e o destinado ao café, 15m². Uma licitação para a aquisição desses equipamentos foi feita em janeiro. A previsão é que sejam instalados sete módulos na primeira fase do projeto.
Haverá um restaurante na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), outro no IdEA (Instituto de Estudos Avançados) e um terceiro na Faculdade de Educação (FE). Na FE, já há, inclusive, um permissionário definido. A empresa, contratada no último 25 de janeiro, tem 120 dias para concluir a primeira instalação. O quarto restaurante será instalado no HC.
Estão previstos cafés na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), no Instituto de Química (IQ) e na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (Fecfau). Outros oito serão instalados em uma segunda fase.
Cantinas e vending machines
Um diagnóstico realizado pela Gestão revelou que, em boa parte dos casos, as cantinas do campus de Barão Geraldo apresentam problemas estruturais e/ou embaraços burocráticos para novas permissões de uso.
De 20 instalações existentes, há 12 com problemas de documentação ou que precisam de reforma. Hoje, existem apenas três cantinas em funcionamento: a do Instituto de Biologia (IB), a do Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism) e a da Faculdade de Ciências Médicas (FCM).
Das 13 existentes, 12 serão reformadas e uma – a do HC\F1 – não pode ser licitada e deverá funcionar apenas até o mês de abril. Após a saída do permissionário, o espaço abrigará uma máquina de autosserviço, por meio da qual o consumidor poderá se servir de bebidas não alcoólicas, café, alimentos embalados etc. A Universidade assinou o contrato com a empresa responsável pelas máquinas no final de janeiro.
Feirinhas
O número de pontos de feiras na Unicamp tem sido ampliado desde 2022 – momento em que havia apenas duas delas sob a responsabilidade da Unicamp. Em 2023, o número subiu para seis e o plano é contar com mais um estabelecimento, que funcionará próximo ao HC.
Esse novo espaço, de acordo com a proposta de remodelação, prevê a instalação de uma feira na lateral da Rua Vital Brasil. O objetivo é atender a comunidade que utiliza o serviço da área hospitalar – parentes, amigos ou acompanhantes de pacientes. Por conta disso, a Administração está preparando um edital que selecionará permissionários capazes de oferecer preços mais acessíveis.
A abrangência do Preac transcende a reformulação do conceito das feirinhas, pois amplia a capacidade de oferta, aumentando significativamente o número de barracas.
A Unicamp conta hoje com o serviço de feira na Rua Roxo Moreira, no Ciclo Básico, no HC, na Praça da Paz, na Saturnino e no Centro de Saúde da Comunidade (Cecom).
São 98 barracas que prestam serviço na Unicamp. A nova feira na Vital Brasil ofertará mais 70 vagas. Isso será possível porque haverá rodízio entre os prestadores de serviço, permitindo contemplar um maior número de comerciantes.
Histórico
Os camelôs e ambulantes presentes na região do HC surgiram há cerca de cinco anos, após um convênio firmado entre a SVC (Secretaria de Vivência nos Campi) e a Setec. A SVC havia sido recém-criada e o convênio foi a solução encontrada para a regularização dos ambulantes. Até então, não havia controle sobre a atividade ou sobre o que era comercializado.
Por meio desse convênio, a Setec cadastrava os feirantes, fiscalizava a atividade e cobrava taxas pelo uso do solo. Com o término do contrato, em meados de março, a feira do HC também passará a ser administrada pela Universidade, segundo os padrões do Preac.
O cadastro para os interessados na nova feira (lateral da rua Vital Brasil) no campus de Barão Geraldo estará aberto entre os dias 31 de março e 12 de abril, segundo notícia veiculada pela Prefeitura Universitária. As regras e normas para participação da feira podem ser consultadas na Portaria Prefeitura nº 2/2023.
Acesse o formulário para inscrição.