A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) está divulgando os índices de inclusão social obtidos no ingresso em 2023, nas diferentes modalidades existentes para entrar nos cursos de graduação da Universidade. O percentual de estudantes oriundos da rede pública aumentou de 45,7% (1.586 alunos) em 2022 para 49,5%, com 1.681 matriculados de um total de 3.395 ingressantes, em 2023. O índice considera os matriculados nas seguintes modalidades: Vestibular Unicamp (até a 8ª chamada), Enem-Unicamp, ProFis, Vestibular Indígena e Vagas Olímpicas. Em 2021, o índice foi de 47,5%, em 2020, 45,4%, e em 2019, 47,9%. O percentual de estudantes pretos e pardos também cresceu e ficou um pouco acima daquele registrado no ingresso anterior, passando de 29,3% para chegar a 30% do total de matriculados, com 1.019 estudantes ingressantes.
Entre os candidatos isentos do pagamento da taxa de inscrição, que apresentam um perfil de vulnerabilidade socioeconômica, o índice de matriculados ficou em 14,7%, contra 13% no ano anterior. O percentual considera as modalidades Vestibular Unicamp e Enem-Unicamp, para as quais é concedida a isenção da taxa, de acordo com o perfil dos estudantes. Nas modalidades Vagas Olímpicas, Vestibular Indígena e ProFis, as inscrições são gratuitas.
O diretor da Comissão, José Alves de Freitas Neto, considerou os índices muito positivos. “Ao final das oito chamadas previstas nos editais, tivemos as metas da Unicamp cumpridas. Além disso, conseguimos não apenas estancar a queda no número de alunos vindos de escolas públicas, mas aumentar a participação desse grupo entre os matriculados em 2023”, disse José Alves.
Outro aspecto ressaltado pelo diretor foi a padronização dos calendários, para que as chamadas e matrículas de todos os processos seletivos ocorressem juntas. “No ano passado, por exemplo, o Vestibular Indígena teve que ser realizado no mês de maio, o que fez com que o ingresso dos estudantes fosse em agosto e não em março. O realinhamento foi importante, pois conseguimos olhar globalmente para as políticas de inclusão realizadas pela Unicamp e constatar que estão funcionando tal como previstas pela Universidade”, afirmou José Alves.