Fundamentais para a preservação da fauna e da flora, as abelhas nem sempre recebem a atenção que merecem em seu papel de proteção do meio ambiente. Mas este não é o caso da Unicamp. A Universidade, por meio da Divisão de Meio Ambiente (DMA) da Prefeitura Universitária, realiza uma série de ações que foram registradas em reportagens em vídeo realizadas pela Secretaria Executiva de Comunicação (SEC). A série chama a atenção para a data de 5 de junho, quando é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
As ações de preservação de espécies, educação ambiental e mapeamento das colônias de abelhas que habitam o campus, em Barão Geraldo, entre outras atividades, são coordenadas pelo veterinário Paulo de Tarso Gerace da Rocha e Silva, responsável técnico pelo Centro de Monitoramento Animal (Cema-DMA).
As equipes do Cema já catalogaram cerca de 400 colmeias instaladas no campus, a maior parte delas sem ferrão. São abelhas nativas do Brasil, que se espalham por várias partes da Universidade, como árvores, caixas d’água e frestas de paredes. Também já foram encontradas as do gênero Apis, mais agressivas e que hoje ocupam uma área de acesso restrito na DMA. Nesta área, ficam também as colônias que foram retiradas de setores do campus impróprios para sua presença.
Na véspera do dia mundial das abelhas, 20 de maio, a equipe de reportagem acompanhou uma das ações de proteção e preservação de abelhas realizada pela equipe do Cema. Foi uma complexa operação, envolvendo equipamentos pesados e profissionais especializados para a remoção de uma colônia de quase 200 kg, instalada em uma árvore em área da creche da Divisão de Educação Infantil e Complementar (Dedic).
A colônia encontrava-se no alto da árvore, que seria cortada pelos riscos que oferecia às crianças. A retirada das abelhas tinha que ser feita antes, para que fosse garantida a integridade da colônia. Para efetivar a remoção, foi preciso preparar a área de preservação da DMA, para onde a colônia seria levada, garantindo a distância entre seções de troncos que abrigavam outras espécies. A ação começou no fim da tarde e terminou por volta da meia-noite, tendo sido bem-sucedida. As abelhas retiradas da espécie arapuá agora estão seguras na área de preservação ambiental.
Outra reportagem irá mostrar o mapeamento de espécies encontradas no campus de Barão Geraldo. As abelhas são identificadas e cadastradas por meio de um aplicativo. Todos os dados serão disponibilizados para a comunidade acadêmica, para ações de ensino, pesquisa e extensão.
Ainda integra a série o registro do curso de preservação de abelhas, oferecido de forma aberta e gratuita à comunidade acadêmica e que faz parte dos cursos da “Trilha Sustentabilidade”, criada pela Escola de Educação Corporativa (Educorp). A intenção é difundir informações sobre as espécies nativas sem ferrão e sua importância como marcadoras de um ambiente equilibrado, saudável e sustentável. O curso terá mais duas edições, uma em setembro e outra em novembro, também abertas e gratuitas.
Uma figueira sexagenária
Além das reportagens sobre as ações de preservação e conservação das abelhas, as equipes da SEC aproveitaram a visita à Divisão de Meio Ambiente do campus de Barão Geraldo para mostrar uma figueira sexagenária que ocupa a área desde antes da Unicamp existir.
A árvore é uma Ficus elastica, espécie originária da Índia, que foi plantada por um familiar de uma ex-funcionária da DMA há mais de 60 anos. O local pertencia a uma família de japoneses. A figueira, com uma circunferência de cerca de 20 metros e altura de 26 metros, foi abraçada por 15 pessoas, em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
Assista a matéria sobre o curso oferecido pela Divisão de Meio Ambiente:
Assista a matéria sobre o abraço à figueira sexagenária:
Assista a matéria sobre a remoção de colônia de abelhas em área próxima à Dedic:
Assista a matéria sobre mapeamento das colônias de abelhas no campus em Barão Geraldo: