Excelência em pesquisa e ensino faz da Unicamp a terceira melhor universidade da América Latina

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Pelo quinto ano consecutivo, a Unicamp se manteve como a terceira melhor universidade da América Latina, segundo o ranking da consultoria britânica Times Higher Education divulgado nesta terça-feira (4). Entre os indicadores responsáveis pelo destaque da instituição, estão a excelência da pesquisa e do ensino oferecido, além do potencial de inovação indicado pela transferência de conhecimento realizado pela universidade.

Neste ano, o ranking América Latina da Times Higher Education classificou 197 instituições de 15 países. O levantamento avalia 13 indicadores de cinco grandes áreas: ensino, com maior peso na classificação geral das universidades, correspondente a 36% da nota; pesquisa, com 34% da pontuação; citações e impacto das pesquisas, com 20%; internacionalização, correspondente a 7,5%; e transferência de conhecimento, com impacto de 2,5% na nota final.

A Unicamp teve uma avaliação global de 87,0 pontos, pouco abaixo do resultado do ano passado, quando a universidade obteve 87,9 pontos. Entre os itens avaliados, o grande destaque é a excelência das pesquisas desenvolvidas, avaliadas com a nota máxima, 100,0 pontos, seguida pela qualidade do ensino de graduação e pós-graduação, com 90,9 pontos. Em relação à transferência de tecnologias, a Unicamp obteve 79,8 pontos; o impacto das pesquisas, por meio de citações, foi avaliado com 71,4 pontos; e a internacionalização da universidade obteve 53,4 pontos.

“O Times Higher Education é um ranking tradicional, que leva em consideração os principais parâmetros acadêmicos, como a qualidade do ensino e o impacto das pesquisas, indicadores nos quais a Unicamp se sai muito bem”, avalia Renato Garcia, assessor docente da Pró-Reitora de Desenvolvimento Universitário (PRDU).

Durante a reunião da Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Fernando Sarti, ressaltou a colaboração das equipes envolvidas nas coletas de dados para sistematizar as informações relativas ao trabalho da universidade, o que permite uma avaliação mais detalhada que auxilia na própria gestão. "Isso tem permitido que continuemos subindo nos rankings em termos absoluto. Há que se observar, porém, que os principais rankings têm registrado uma crescente participação de universidades no mundo todo", destaca.

Sarti aponta que o desafio, não apenas da Unicamp, mas das instituições brasileiras em geral, é ampliar a internacionalização pela presença de mais estudantes, pesquisadores e docentes estrangeiros em seus quadros. Ele menciona ações que já estão em desenvolvimento nesse sentido, como o Programa de Incentivo a Novos Docentes (PIND) e o Programa de Pesquisador de Pós-Doutorado (PPPD). "São iniciativas tomadas para aprofundar a internacionalização da universidade dentro de nossas possibilidades", pontua.

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Entre os itens avaliados, o grande destaque é a excelência das pesquisas desenvolvidas, avaliadas com a nota máxima, 100,0 pontos

Estaduais paulistas entre as dez melhores

O Brasil é o país com o maior número de universidades classificadas no ranking, com o total de 65 das 197 instituições. Entre as 20 melhores universidades do continente, 14 são brasileiras. No topo do ranking está a Pontifícia Universidade Católica do Chile, seguida pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Unicamp.

Na pesquisa deste ano, as universidades estaduais paulistas se destacam por sua excelência: além da USP e da Unicamp, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi classificada na décima posição do ranking, demonstrando a qualidade do ensino universitário público de São Paulo.

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Vista noturna da fachada da Biblioteca Central Cesar Lattes; o ranking América Latina da Times Higher Education classificou 197 instituições de 15 países

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004