Um balanço divulgado nesta terça-feira (4) em uma sessão da Câmara de Administração (CAD) mostrou que perto de 80% dos servidores da Unicamp inscritos no processo de progressão Paepe (Profissionais de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão) receberam algum tipo de benefício.
De acordo com o balanço, apresentado pelo Comitê de Acompanhamento do Processo Paepe 2023, havia 3.583 servidores aptos a participarem do processo e, desses, 2.361 se inscreveram. Dos inscritos, 1.852 foram contemplados com benefícios – o equivalente a 78,5%. Desse total, 1.179 foram contemplados na modalidade horizontal e 673, na modalidade vertical.
Ainda segundo o balanço, 79% dos contemplados na modalidade horizontal e 68% dos contemplados na vertical encontram-se na faixa de servidores em início de carreira. A proposta de homologação das progressões foi aprovada por unanimidade na sessão da CAD.
“Esses números surpreenderam positivamente. Imaginávamos chegar a algo em torno de 1.200 e 1.500 contemplados”, disse o professor Rodrigo Lanna, que apresentou aos integrantes o relatório final do comitê. “Se somarmos os anos de 2022 e 2023, temos um total de aproximadamente 4 mil servidores contemplados, num universo de cerca de 6.500”, acrescentou.
Segundo Lanna, alguns fatores explicam o aumento. Um deles é o fato de o novo modelo ter permitido ampliar o número de casos em que servidores podem pedir progressão horizontal. Além disso, avalia ele, a adoção de critérios públicos de avaliação, uma maior padronização entre os órgãos e unidades e um processo de checagem mais eficiente são também responsáveis por essa mudança.
“Não estamos preocupados apenas em avaliar o servidor e oferecer progressão, embora isso seja fundamental, tendo critérios e, obviamente, seguindo o mérito”, disse o chefe da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU), professor Fernando Sarti. “O que nos importa aqui, realmente, é reconhecer o trabalho e a dedicação dos servidores e capacitá-los cada vez mais. Estamos falando, portanto, da construção e da evolução de uma carreira”, acrescentou.
Para Sarti, os processos devem ser aperfeiçoados para que, em breve, possam se transformar numa ferramenta de gestão permanente de desempenho. “Esse é o nosso sonho. E isso só será possível a partir da construção de critérios”, argumentou.
O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, disse que a Universidade adotou como estratégia manter a continuidade e aperfeiçoar o processo de progressão. “Com isso a gente consegue identificar melhor os problemas, colher melhor as informações vindas da comunidade e avaliar melhor o impacto dessas sugestões”, diz.
Para o reitor, é preciso pensar o problema em duas dimensões: na do orçamento e na da ampliação de chances para o servidor progredir na carreira. “O processo de progressão não é garantia, mas deve funcionar como um estímulo”, resumiu o reitor.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Fernando Coelho, disse que o resultado do balanço final do processo de progressão foi bastante positivo.
“Não me lembro de ter visto um número assim tão grande de progressões. O processo ainda exige aperfeiçoamentos, mas, sem dúvida, o resultado final foi bastante positivo”, afirmou. “O processo trouxe recuperação de renda e deixa claro o nível de valorização que traz a toda a comunidade acadêmica”, finalizou.