Teve início nesta segunda-feira (10) o programa Ciência e Arte nas Férias de Inverno (Cafin). O evento é destinado a estudantes do oitavo e nono ano do ensino fundamental da rede municipal de Campinas. Durante uma semana, 90 alunos participam de oficinas nos laboratórios da Unicamp, sob a supervisão de professores e pesquisadores da Universidade. O objetivo é despertar os jovens para a pesquisa científica e a criação artística e fazê-los participar de atividades práticas.
A cerimônia de abertura aconteceu na Casa do Lago, com a participação do pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, João Romano, do professor Fernando Martins, representando o secretário municipal de Educação, Tadeu Jorge, e do assessor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura Marco Aurélio Cremasco.
Romano lembrou que os seres humanos possuem múltiplos talentos e que as oficinas oferecem uma oportunidade para os estudantes conhecerem aspectos de todas as grandes áreas do saber. “Que, nesses dias que vocês passarem aqui, possam descobrir o gosto pela ciência. Como diz um professor já aposentado: ‘A ciência é amiga da verdade’. Que possam adquirir apreço por descobrir tantas verdades interessantes.”
Ele também destacou o fato de o Cafin estar sendo retomado após três anos de suspensão devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19. No mesmo sentido, Cremasco afirmou que a presença dos estudantes na Unicamp significa esperança. “Vocês testemunharam a pandemia e o que aprendemos com a pandemia? A ter sobretudo esperança. Vocês aqui representam essa esperança e, sobretudo, a nossa esperança.”
Uma semana para descobrir coisas novas
Fernando Martins lembrou que, durante a semana de atividades oferecidas pelo Cafin, os estudantes poderão ampliar seus conhecimentos, tanto os relativos a áreas do saber como os relativos ao funcionamento de uma universidade. “Conhecer hoje a universidade é ampliar as possibilidades de existência. Esta semana é de curiosidade, de descobrir coisas novas, de saber um pouco da organização da Unicamp, de saber o que os seres humanos já conseguiram pensar e sistematizar de conhecimento.”
A cerimônia de abertura foi finalizada com a apresentação de três estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Melico Cândido Barbosa. Eles cantaram um rap de conscientização sobre a violência contra a mulher.
Participam desta edição do Cafin estudantes de 33 escolas, que poderão realizar oito oficinas até o dia 14 de julho. Alicia Santos, 13 anos, Vinicius Alves, 15 anos, e Bárbara Ribeiro, 15 anos, por exemplo, foram selecionados pela Escola de Ensino Fundamental Sylvia Simões Magro para participarem do programa. Todos eles conheciam apenas o Hospital de Clínicas da Unicamp e pretendem, agora, explorar outras áreas da Universidade.
Ribeiro tem vontade de fazer Medicina e acredita que participar do programa ajuda a entender melhor como é o meio acadêmico. “Eu quero tentar entrar na faculdade quando estiver mais velha e queria ver como é [a Universidade]. Biologia Molecular é a oficina que mais me interessa. Espero que a gente tenha ótimas experiências.”