Reitoria recebe representantes do STU e Adunicamp para discussão da pauta sobre o ponto eletrônico

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O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) entregou à Reitoria da Unicamp, nesta quarta-feira (13), uma pauta com quatro propostas de discussão sobre a implantação do ponto eletrônico na Universidade. A Administração Central se comprometeu a dar resposta até sexta-feira (15). Cerca de 35 pessoas — entre elas, representantes do STU, da Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp) e da Reitoria — reuniram-se na sala da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) durante aproximadamente uma hora.

A pauta foi entregue em mãos ao chefe de Gabinete do Reitor, Paulo Cesar Montagner, que propôs, durante sua fala de abertura da reunião, a criação de uma agenda de reuniões com as entidades representativas dos funcionários e dos docentes da Unicamp para discutir a implantação do ponto eletrônico. “Queremos criar um calendário de trabalho. A ideia é sairmos daqui com uma ação imediata de negociações.”

Na pauta do STU, a primeira proposta é a suspensão do calendário de implementação do ponto eletrônico; a segunda é a revisão do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) “com audiência entre o Ministério Público, Reitoria, STU e Adunicamp”; a terceira, incluir a pauta na reunião do Conselho Universitário (Consu) marcada para o dia 26/9, com o objetivo de rever a decisão da Câmara de Administração (CAD), realizada no dia 5/9; e a quarta, a abertura de calendário de negociação entre Sindicato e Reitoria.

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Reitoria propôs a criação de uma agenda de reuniões com as entidades representativas dos funcionários e dos docentes para discutir a implantação do ponto eletrônico

O reitor Antonio José de Almeida Meirelles pontuou que o TAC foi legitimado com a aprovação pela CAD, reforçando que todos os procedimentos legais foram cumpridos. “Estou no cargo de reitor e tenho protocolos a obedecer. Tenho restrições que cumprirei.” De acordo com Meirelles, há diferentes formas de interpretar a questão. Ele não é contra que as entidades procurem o Ministério Público na tentativa de reverter o processo, assim como reconhece o direito de greve dos trabalhadores, mas afirma que houve abertura de diálogo com as entidades e que, por fim, ele assinou um compromisso como representante da Universidade, que consiste na mudança da forma de controle de jornada, do papel para o eletrônico.

A diretora do STU Elisiene do Nascimento Lobo destacou que todos os quatro pontos da pauta do Sindicato foram deliberados pelo comando de greve. “Queremos sair daqui com êxito de forma respeitosa e transparente.” O diretor do STU José Luis Pio Romera leu a pauta em voz alta antes de entregar a proposta impressa ao chefe de Gabinete. Outras seis lideranças do Sindicato argumentaram sobre as propostas da pauta que foi entregue.

A presidente da Adunicamp, Maria Silvia Viccari Gatti, fez a leitura de uma carta sobre o posicionamento da entidade que representa os professores e pesquisadores. “A Adunicamp considera que, desde seu início, 14 anos atrás, esse processo não foi adequadamente conduzido”, diz a carta. De acordo com o texto, ações propositivas de gestões anteriores poderiam ter evitado a criação do atual impasse. “Diferentes reitorias se sucederam ao longo do período e não chamaram as entidades para discutir, submeteram a universidade como um todo a uma situação de desqualificação do seu papel na sociedade. (...) Se há uma demanda do Ministério Público, é porque erros aconteceram. Temos que admiti-los, enxergar esses erros e buscar soluções. É o que viemos fazer aqui hoje. Precisamos ouvir, dialogar e propor soluções. Ao mantermos de cada lado posições imutáveis, não vamos avançar. Temos que nos posicionar responsavelmente pela solução, e não pela manutenção do conflito”, conclui a carta.

Montagner expressou o desejo da Reitoria de dar início a uma discussão entre as partes para se chegar a um bom termo. Marcada para as 11 horas, a reunião teve início por volta de 11h30 após a negociação, pela presidente da Adunicamp, de um impasse sobre a quantidade de representantes do STU na sala de reunião. Inicialmente, seriam oito. O Sindicato pediu a permissão para a entrada de 18 pessoas, além de dois advogados. Após apresentar restrições com relação ao tamanho da sala de reuniões, a Reitoria aceitou, e a reunião teve início com três representantes da Adunicamp, cerca de 15 da Reitoria e outros 20 do STU.

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A pauta foi entregue em mãos ao chefe de Gabinete do Reitor, Paulo Cesar Montagner, que propôs o prazo de dois dias para análise e resposta

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004