Luiz Carlos Pereira da Silva, diretor do Centro Paulista de Estudos da Transição Energética (CPTEn), coordenador do projeto Campus Sustentável da Unicamp e docente da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec) da Universidade, foi aprovado como novo membro do Conselho Estadual de Política Energética (Cepe). A indicação dele ocorreu por meio da lista Notório Saber e foi confirmada após arguição feita pela Comissão de Infraestrutura, nesta quarta-feira (20), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Sua nomeação é vista como um passo estratégico no sentido de promover o avanço de políticas energéticas, colaborando para a preservação do meio ambiente, o bem-estar da população e o estreitamento do diálogo da Unicamp com os poderes públicos.
“Isso aproxima mais a Universidade da administração pública, uma vez que engloba tanto o Executivo quanto o Legislativo. Com isso, contribuiremos mais com o debate em torno de políticas públicas na área de energia”, explica Silva. O Cepe tem a função de discutir as diretrizes da política energética do Estado nas próximas décadas e, em vista disso, a participação da Unicamp no órgão é valiosa. “Estamos fortemente inseridos no meio dessa questão da transição energética e em contato com as novas tecnologias que estão surgindo como soluções. Levaremos sugestões para serem debatidas e essas sugestões podem virar política pública no futuro”, destacou o novo conselheiro, que aponta como um dos primeiros desafios avaliar e aprovar o Plano Estadual de Energia 2050.
Além de Silva, passam a integrar o grupo Virgínia Parente de Barros, economista e professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), Rosana Rodrigues dos Santos, engenheira eletricista, André Lopes de Araújo, engenheiro químico, e Erik Eduardo Rego, engenheiro de produção e professor da Escola Politécnica da USP. Como representantes do Legislativo, integrarão o órgão o deputado Rui Alves (Republicanos), na qualidade de membro titular, e Thainara Faria (PT), na qualidade de suplente.
Os conselheiros dialogam diretamente com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). O conselho nasceu em 2022, por meio da Lei Estadual 11.248/2002, com o propósito de orientar políticas e estratégias relacionadas ao setor energético. Os membros do órgão exercem um mandato de dois anos que pode ser renovado por mais dois. As funções são consideradas um serviço público relevante e não contam com remuneração.
“Temos feito um trabalho de transição energética muito forte dentro da Universidade, mas agora queremos transbordar isso para a sociedade como um todo. Estamos fazendo diversas ações dentro do campus e isso precisa atingir as cidades e o Estado”, afirmou Silva, que chamou atenção para o papel do Legislativo na construção de novas matrizes energéticas. “Essa participação da Alesp no conselho é muito importante. É daqui que saem as políticas públicas. Vamos ter condições de discutir e propor melhorias para o Estado.”
Assista matéria produzida pela Alesp: