Cinfotec discute LGPD e inteligência artificial 

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Ao longo de três dias, especialistas vão discutir questões como a LGPD, os serviços de computação em nuvem, os aspectos de ferramentas como multisites WordPress e o desenvolvimento de programas e operações de forma segura

Depois de três anos de interrupção em consequência da pandemia de covid-19, começou nesta segunda-feira (6), no Centro de Convenções da Unicamp, a nona edição do Cinfotec (Comunicação, Informação e Tecnologia). Realizado pela Diretoria Executiva de Tecnologia de Informação e Comunicação (Detic), o evento reúne profissionais da área para o compartilhamento de experiências e atualização profissional, além de promover o aprofundamento de discussões em torno de temas como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), os impactos da inteligência artificial (IA) no setor e o papel da tecnologia da informação no futuro da Universidade.

A nona Cinfotec durará três dias e contará com uma série de palestras ministradas por profissionais da Unicamp e especialistas vindos de fora da Universidade.

Confira a programação completa

O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, que abriu o evento, chamou a atenção para o caráter transversal das atividades envolvidas na área de tecnologia da informação e comunicação. “Trata-se de uma função que impacta todas as áreas e que se relaciona com todas as áreas da Universidade, sejam elas de pesquisa, ensino e extensão ou o setor administrativo. Por conta disso, há um impacto decisivo no que se refere ao futuro da Universidade”, lembrou o reitor.

Meirelles ressaltou os desafios que profissionais já estão enfrentando em vista dos avanços verificados em áreas como a de inteligência artificial ou aprendizado de máquinas e como isso vai impactar os setores de pesquisa, de extensão e outros. O reitor lembrou ainda a importância da área da saúde para a Unicamp e destacou o papel transformador que a informática pode exercer no processo de modernização desse tipo de serviço.

“Um dos nossos desafios é fazer do SUS [Sistema Único de Saúde] – talvez o maior programa social do Brasil, com um alcance imenso – um mecanismo mais eficiente, mais avançado tecnologicamente e viável financeiramente. E não faremos isso sem a informática”, salientou Meirelles. 

“Temos o esforço da engenharia biomédica, projetos de inteligência artificial e programas de TI [tecnologia da informação] vinculados à área da saúde que podem ajudar a organizá-la de forma muito mais promissora”, disse ele. “A respeito dessa nossa ação, queremos não apenas ser um exemplo para instituições de fora, mas transformar essa ação em um eixo de desenvolvimento tecnológico”, acrescentou.

Para o reitor, a Unicamp tem força já consolidada em áreas como a de transição energética, nos estudos sobre fontes de energia renovável, na bioenergia e na agricultura digital. E, em todas elas, a Universidade vai precisar cada vez mais das contribuições da TI.

O reitor Antonio Meirelles participou da abertura da nona edição do evento:
O reitor Antonio Meirelles participou da abertura da nona edição do evento: caráter transversal das atividades envolvidas na área de tecnologia da informação e comunicação

Começar e recomeçar

Professor titular do Instituto de Computação (IC) e diretor-executivo de Tecnologia da Informação e Comunicação da Unicamp, Ricardo Dahab disse no discurso de abertura do Cinfotec que a missão dos profissionais da área pode ser resumida em duas palavras: “Começar e recomeçar”.

“O ‘começar’ seria a implantação mais consistente de uma governança de TIC na Universidade, tornando essa governança mais clara e simples”, afirmou. Já o “recomeçar”, explica o diretor, seria a recuperação de um órgão de TIC a funcionar como uma central de referência para a comunidade.

“A recuperação desse papel de entidade central forte, de referência e atuante é a razão do nascimento da Detic. O órgão nasce para desempenhar esse papel que é o de, por um lado, conduzir a prestação de serviços à comunidade e, por outro, garantir que a governança seja implantada da melhor forma possível”, afirmou.

Dahab disse ainda que vai manter investimentos em infraestrutura, fortalecer mecanismos de treinamento e capacitação e implantar um sistema mais uniforme de avaliação dos profissionais de TIC. E afirmou que pretende buscar a modernização das metodologias de desenvolvimento de software e abrir espaços para a discussão da carreira de TIC na Unicamp.

Parceiros

A abertura da nona edição do Cinfotec contou com a participação de parceiros e patrocinadores, como Milton Caputo Jr., representante da Set Data/Lenovo,  Williams Bispo, da Ruckus/Seger, Paulo Sérgio Lopes, da OL Tecnologia, Edson Lins, da Escola de Educação Corporativa (Educorp) da Unicamp, e Antonio Gonçalves de Oliveira, da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp).

Ao longo de três dias, especialistas vão discutir várias questões, como a já citada LGPD, os serviços de computação em nuvem, os aspectos de ferramentas como multisites WordPress e o desenvolvimento de programas e operações de forma segura.

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A nona Cinfotec durará três dias e contará com uma série de palestras ministradas por profissionais da Unicamp e especialistas vindos de fora da Universidade

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004