Hip Hop 50 anos

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O pró-reitor de Extensão e Cultura, Fernando Coelho: relevância das ações afirmativas que mudaram a cara da Unicamp

Com o tema “Ações afirmativas transformando a universidade”, teve início, na segunda-feira (6), o Festival Internacional Hip Hop 50, na Unicamp. O evento celebra o surgimento do movimento Hip-Hop no mundo, seu impacto social e os diálogos criados com a universidade. O Festival é uma iniciativa da linha de pesquisa Hip Hop em Trânsito, vinculada ao Centro de Estudos e Migrações Internacionais (Cemi) da Unicamp, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) e do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). 

“Celebrar e refletir sobre os 50 anos do Hip Hop é colocar em pauta histórias de superação, produção de conhecimento, estética, cultura e política protagonizadas sobretudo por pessoas negras e periféricas”, afirmou Daniela Vieira, uma das organizadoras do evento, na mesa de abertura. “A cultura Hip Hop nos possibilita compreender múltiplas facetas do cotidiano onde é praticada. Ou seja, é um movimento global que potencializa a atuação e transformações locais, na medida em que seus agentes colocam em pauta questões como colonialismo, racismo, nação, classe, gênero, sexualidade e desigualdades sociais”, completou.

Para o pró-reitor de Extensão e Cultura, Fernando Coelho, o evento já é um sucesso desde sua proposição. “É uma discussão ímpar, no sentido em que a universidade reconhece formas de geração de conhecimento, que de maneira geral eram considerados conhecimentos periféricos, que voltam, ou que estão agora no centro do debate da Universidade”, ressaltou. “É o papel fundamental da universidade que está sendo cumprido”, pontuou.

Coelho destacou, ainda, a relevância das ações afirmativas, que mudaram a cara da Unicamp. “Como professor negro do Instituto de Química, lembro-me de que, quando cheguei, eu contava em uma mão o número de estudantes negros. De professores, só tinha dois, eu e mais um. Hoje, fico muito contente de ver que a Universidade abriu espaço para todas as camadas da população brasileira e tem uma representatividade que é muito mais importante e muito mais verdadeira”, afirmou.

Entre os destaques da programação, foi a aula aberta com MC Hariel, um dos maiores nomes do funk nacional, que aconteceu na quarta-feira (8). A aula foi um mergulho nas raízes filosóficas desse gênero musical e discutiu a filosofia do funk em seu novo EP, “Alma Imortal”.

O Festival inclui ainda oficina de grafite, exibição de documentários, debates e um show de encerramento. Confira a programação completa e as novidades no  @hiphoptransito.

Assista ao shorts gravado com Mc Hariel: 

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Mesa de abertura do Festival Internacional, uma iniciativa da linha de pesquisa Hip Hop em Trânsito

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004