O UI GreenMetric World University, um ranking internacional com o desempenho de universidades na área de sustentabilidade, anunciou seus resultados de 2023, de forma presencial, em um evento da programação paralela da COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), realizada atualmente em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Presente na cerimônia, a Unicamp avançou uma posição no ranking mundial, de 74º em 2022 para 73º lugar entre as instituições de ensino superior mais sustentáveis. No rol das universidades brasileiras, manteve-se na quarta posição. “A divulgação do ranking na COP28 reforça a importância do engajamento das instituições de ensino superior no enfrentamento da emergência climática e dos desafios do desenvolvimento sustentável”, apontou Thalita Dalbelo, da Coordenadoria Executiva de Sustentabilidade (CSUS) da Unicamp.
De acordo com Dalbelo, o diferencial do GreenMetric é seu foco em infraestrutura e serviços, avaliando, por exemplo, as características das instalações e edificações, o uso de água e energia e o tratamento dos diferentes tipos de resíduos. “São eixos diretamente ligados ao cotidiano da Universidade, que impactam todos e que são impactados por todos da comunidade: estudantes, professores, funcionários, prestadores de serviço e as pessoas que, de alguma maneira, utilizam os serviços da Unicamp”, destacou.
No ranking, as universidades recebem uma pontuação em seis categorias: ambiente e infraestrutura; energia e mudanças climáticas; resíduo; água; transporte; e ensino e pesquisa. Nesta edição, a Unicamp melhorou seu desempenho nas categorias de infraestrutura e meio ambiente, resíduos e ensino e pesquisa. A pontuação geral passou de 8.325 (em 2022) para 8.550. “O aprimoramento na forma de coletar os dados de áreas verdes por meio do georreferenciamento e o início do projeto dos corredores ecológicos impactaram positivamente os indicadores de meio ambiente. Além disso, a inclusão de novos indicadores na categoria de resíduos possibilitou mostrar ações da Unicamp nessa área que não eram levadas em conta anteriormente”, explicou a coordenadora da CSUS.
Na categoria ensino e pesquisa, a melhoria nos números se deu também pela inclusão de novos indicadores e pelo engajamento dos alunos na temática da sustentabilidade. “Um exemplo disso é o aumento do número de coletivos e grupos liderados por alunos e ligados aos temas da sustentabilidade e da emergência climática”, pontuou Dalbelo.
Segundo ela, para 2023, a expectativa é aumentar a geração de energia renovável e diminuir o consumo de energia elétrica por meio de três projetos de eficiência energética: o Unicamp 100% LED, o +Fotovoltaica e o Sustentabilidade no Ar (essas iniciativas podem ser acompanhadas no Planejamento Estratégico – Planes da Universidade). “Além disso, na categoria infraestrutura, esperamos ter avanços por meio do Plano de Ações Estratégicas de Sustentabilidade [Paesus], que estabelece uma verba anual de R$ 1 milhão para projetos voltados à sustentabilidade”, disse a coordenadora.
“A consolidação de uma política institucional de sustentabilidade na Unicamp, com a qual estamos trabalhando, deve favorecer a realização, a ampliação assim como a organização de projetos pela Universidade na área de sustentabilidade, o que certamente gerará ainda mais avanços em rankings como o GreenMetric”, finalizou Dalbelo.
A comitiva da Unicamp participará da COP28 até o dia 12 de dezembro.
AmazonFACE
O projeto AmazonFACE está sendo apresentado na COP28, em Dubai, por meio de uma maquete montada entre os pavilhões do Brasil e do Reino Unido. David Lapola, o especialista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp e coordenador científico do projeto, e Carlos Alberto Quesada, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), apresentarão os principais pontos de um dos mais importantes trabalhos sobre o comportamento da floresta amazônica – considerada a maior floresta tropical do mundo. O AmazonFACE pretende compreender como o bioma vai reagir – em 30 ou 50 anos – em relação ao aumento de CO2 na atmosfera.
Assista ao vídeo:
Leia mais:
Unicamp vai à COP28 e mira coalizão das instituições de pesquisa sobre clima